O jornal O Estado de S. Paulo publicou duras críticas à atuação de Janja, primeira-dama do Brasil, destacando seu papel como influenciadora digital do governo e conselheira ativa do presidente Lula e seus ministros.

– Uma marca constrangedora para quem se dispôs a atuar como plenipotenciária influenciadora digital do governo e conselheira universal do marido e de seus ministros. (…) Eis um bom recado para quem passou os dois primeiros anos de governo convicta não apenas de que seria capaz de influenciar o presidente, como também afetar a vida dos brasileiros, uma tarefa para a qual evidentemente não foi eleita – avaliou o jornal.

Segundo o Estadão, a autoconfiança de Janja é reflexo do triunfo eleitoral de Lula e de seu protagonismo na campanha presidencial. Ao buscar “ressignificar o papel de primeira-dama”, ela teria se envolvido em diversas áreas do governo, incluindo comunicação digital e questões de Estado, gerando polêmicas frequentes.

O texto menciona que Janja interfere sistematicamente nas mensagens da Secretaria de Comunicação da Presidência e frequentemente assume o papel de estrategista e cinegrafista de Lula nas redes sociais. Entre os exemplos citados está a recente exibição de uma cascata artificial na Granja do Torto em meio ao debate sobre cortes de gastos públicos, gesto que teria causado repercussão negativa.

Para o Estadão, “quem age como personagem política passa a ser avaliada também como tal”. O jornal sugere que a queda na popularidade de Janja seja um alerta para que ela adote uma postura mais discreta, alinhada à tradição da maioria de suas antecessoras, ou ajuste suas ações de maneira mais equilibrada.