Os gastos da comitiva brasileira durante a 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, já totalizam R$ 750 mil. Acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão pelo menos 100 pessoas, entre autoridades e servidores de ministérios e órgãos públicos. Os dados são parciais, provenientes do Diário Oficial da União (DOU) e do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), e a quantia final será divulgada ao término da viagem, conforme a Secretaria de Comunicação (Secom).
Atualmente, do total de 100 integrantes da comitiva, apenas 15 apresentaram informações detalhadas sobre diárias e passagens em voos comerciais. Outros 19 funcionários forneceram apenas os valores das passagens, enquanto 65 não reportaram nenhum dado. O painel deve ser atualizado nos próximos dias, incluindo os gastos do voo presidencial de Lula.
O MGI lidera os custos, totalizando R$ 61.000. A ministra Esther Dweck e o secretário extraordinário para a Transformação do Estado, Francisco Gaetani, compõem a equipe do ministério. A passagem da ministra, adquirida em 14 de agosto mediante uma agência de viagens licitada, custou R$ 45.851,90. Os membros do MGI participam de reuniões com líderes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). A pasta informou que as passagens para Nova York são mais caras nesta época do ano devido à alta demanda.
Lula chegou a Nova York no sábado (21), voando no avião presidencial, acompanhado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e pelo assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, responsável pela segurança de Lula, foi o órgão que mais enviou funcionários, totalizando 31. Em resposta a questionamentos, o GSI destacou que as viagens presidenciais requerem uma análise contínua de riscos para garantir a segurança das autoridades.
O Gabinete Pessoal do Presidente, encarregado de atividades administrativas, agenda e cerimonial, enviou 16 funcionários, incluindo três assessores da primeira-dama Janja Lula da Silva, que chegou a Nova York três dias antes do marido para participar de painéis.