Durante a abertura do debate da 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a ineficácia dos líderes mundiais em enfrentar os desafios globais. Ele apontou que, apesar da adoção do Pacto para o Futuro, a cooperação global tem se mostrado limitada, resultando em avanços insuficientes.
Lula lembrou que a pandemia de COVID-19 evidenciou a dificuldade em estabelecer um Tratado sobre Pandemias, ressaltando a necessidade de fortalecer a ONU para lidar com as rápidas mudanças no cenário internacional. Segundo ele, a atual estrutura da ONU, que não foi reformada de forma abrangente em quase 80 anos, não atende aos desafios contemporâneos, incluindo conflitos armados e a falta de representação feminina nas posições de liderança.
Ele também propôs reformas no Conselho de Segurança, pedindo uma representação mais adequada de países emergentes, como os da América Latina e da África, que atualmente estão excluídos de assentos permanentes.
O discurso de Lula refletiu as prioridades do Brasil no G20, como o combate à desigualdade e à fome, e a luta contra as mudanças climáticas. Em sua nona participação na Assembleia, ele enfatizou que a vontade da maioria deve prevalecer sobre interesses que sustentam o status quo, e que é necessário agir antes que uma nova tragédia global ocorra.