A Justiça do Amazonas iniciou na manhã desta quarta-feira (4), a primeira audiência de instrução de Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da Ex-Sinhazinha do Garantido, Djidja Cardoso, encontrada morta em maio desde ano em Manaus.

As investigações apontam que a família da vítima teria criado um Grupo Religioso intitulado “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso sem cuidados cetamina, de uso humano e veterinário.

Serão ouvidas sete testemunhas de defesa e por último, os réus serão interrogados, informou o órgão responsável. O procedimento está foi realizado via videoconferência.

QUEM SÃO OS RÉUS?

Cleusimar Cardoso Rodrigues, mãe da vítima; Ademar Farias Cardoso Neto, irmão da vítima; José Máximo Silva de Oliveira, dono da clínica veterinária que fornecia a cetamina; Sávio Soares Pereira, sócio do dono da clínica veterinária; Hatus Moraes Silveira, coach que se passava por personal da família da vítima; Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro em uma rede de salões de beleza da família da vítima; Claudiele Santos Silva, funcionária do salão de beleza; Verônica da Costa Seixas, gerente de uma rede de salões de beleza da família da vítima; Emicley Araújo Freitas, funcionário da clínica veterinária; e Bruno Roberto da Silva Lima, ex-namorado da vítima.

O QUE DIZ O INQUÉRITO POLICIAL?

Segundo o documento, a mãe Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso, agredia a filha fisicamente.

No documento que a publicação teve acesso, a empregada que trabalhava na casa da família afirmou que a matriarca tinha um comportamento agressivo com a filha. Por muitas vezes, machucava Djidja, como “assanhar” os cabelos dela, beliscá-la, além de torções no braço.

“Djidja estava fraca e mal conseguia se defender e, inclusive, sempre pedia para Cleusimar parar com o comportamento que a machucava”, disse a funcionária que prestava serviços desde 2022.

RELEMBRE O CASO

Djidja Cardoso morreu, aos 32 anos, no dia 28 de maio. Seu corpo foi encontrado pelo ex-namorado em um dos cômodos da casa, na capital amazonense. Ela era conhecida por ter sido a Sinhazinha do Garantido no Festival Folclórico de Parintins entre 2015 e 2020.

Segundo a investigação, a família da ex-sinhazinha criou o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso indiscriminado da droga sintética cetamina, de uso humano e veterinário, que causa alucinações e dependência.

Na denúncia, o promotor disse que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, estava no núcleo central do esquema de tráfico de entorpecentes.