O inquérito sobre a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido está investigando dez crimes envolvendo familiares de Djidja Cardoso, além de funcionários de um salão de beleza e de uma clínica veterinária.

Além do homicídio com dolo eventual da influenciadora, também estão sendo investigados crimes relacionados ao tráfico de drogas, cárcere privado e aborto.

Na tarde de sexta-feira (31/5), a polícia prendeu a quinta pessoa suspeita de participar de um esquema ilegal que envolvia uma seita religiosa e o uso de anestésico para cavalos com fins alucinógenos.

A CNN teve acesso ao inquérito de 238 páginas sobre a morte da antiga personagem do festival de Parintins. O documento contém uma série de depoimentos de pessoas ligadas ao grupo, além de fotos e vídeos mostrando a ketamina, substância usada como anestésico para animais de grande porte.

Os investigadores já recolheram provas que apontam para um esquema ilegal envolvendo uma seita familiar, um salão de beleza e uma clínica veterinária.

As evidências sugerem que a ex-sinhazinha era membro de um grupo religioso que a chamava de “Maria Madalena”. Seu irmão era referido como “Jesus” e sua mãe como “Maria”.

O irmão e a mãe de Djidja foram presos, assim como três funcionários do salão de beleza da família — uma gerente, um maquiador e uma maquiadora. No total, cinco pessoas estão detidas por participação no esquema.

Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja, enfrenta várias acusações. Ele teria sido responsável pelo estupro, cárcere privado, sequestro e aborto de uma namorada, que também estava envolvida nas ações da seita “Pai, Mãe e Vida”. A CNN tenta contato com a defesa de Ademar.

Como a ketamina é uma substância de uso restrito para veterinários, a clínica que supostamente fornecia o produto para a seita também está sendo investigada.

Neste caso, há suspeitas de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Os policiais também incluíram no inquérito os crimes de tráfico e associação para o tráfico.

Os supostos líderes da seita, mãe e irmão de Djidja, também enfrentam acusações de charlatanismo e curandeirismo. O inquérito já estava avançado devido à investigação do tráfico de anestésico para cavalos, e a morte de Djidja acelerou o processo.

Veja abaixo a lista de crimes investigados:

  • Homicídio com dolo eventual
  • Tráfico de drogas
  • Associação para o tráfico
  • Perigo para a vida ou saúde de outrem
  • Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais
  • Aborto provocado sem consentimento da gestante
  • Estupro de vulnerável
  • Charlatanismo
  • Curandeirismo
  • Sequestro e cárcere privado
  • Constrangimento ilegal