Ademar Cardoso e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, estão passando por crises de abstinência de cetamina nas prisões onde estão detidos. Segundo a advogada Lidiane Roque, que os representa, a situação é crítica, especialmente para Cleusimar, que apresenta tremores, suor excessivo e ansiedade. Ademar e a gerente dos salões de beleza da família, Verônica da Costa, também estão enfrentando dificuldades, mas em condições mais estáveis.

Djidja foi encontrada morta com sinais de overdose de cetamina, e a Polícia Civil aguarda os resultados da necropsia do Instituto Médico-Legal (IML), esperados para 30 dias. Ademar e Cleusimar, junto com Verônica, foram presos durante a Operação Mandrágora na quinta-feira (30/5), enquanto tentavam fugir sob o efeito da droga. Marlisson Vasconcelos e Claudiele Santos, funcionários da família, também foram detidos.

As investigações revelaram que o grupo, denominado “Pai, Mãe, Vida”, forçava o uso de cetamina em rituais religiosos, prometendo transcendência espiritual. O delegado Danniel Antony sugere que Djidja pode ter sofrido overdose durante um desses rituais.

A defesa planeja solicitar a internação compulsória dos três devido à dependência química e problemas de saúde mental. A Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas garantiu que o sistema prisional possui equipe de saúde para atender os internos.

Ademar Cardoso também enfrenta acusações de tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro. Ampolas de cetamina, seringas e agulhas foram encontradas no salão de beleza da família, usado para os rituais. A ex-mulher de Ademar revelou que ele acreditava ser Jesus, Cleusimar pensava ser Maria, e Djidja, Maria Madalena.