Uma mulher de 27 anos, foi presa por matar a própria filha de 10 meses com chumbinho e esconder o corpo no freezer por cerca de 30 dias. Conforme o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, a mulher disse que também ingeriu veneno e queria tirar a vida do outro filho de 7 anos, que estava morando com uma das avós.

A denúncia foi feita pela avó da bebê, que acionou a PM para ir até a casa da família, que fica no bairro de Candeias. Ela disse aos policiais que a filha ameaçou cometer suicídio e se recusava a dizer onde estava a neta. A corporação não disse a data em que o crime aconteceu, mas afirmou que foi há cerca de 30 dias.

O nome da jovem não foi revelado em virtude do Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbe a publicidade para evitar que as crianças envolvidas sejam revitimizadas.

Segundo o advogado de defesa, Meygson Fialho, a mulher entrou em depressão profunda após o nascimento da bebê por falta de perspectivas financeiras.

Meygson disse que a cliente tentou abortar a criança duas vezes, mas sem sucesso. “O pai, após saber de uma das tentativas de aborto, prometeu que iria criar a bebê e levá-la para sua casa quando nascesse, mas desapareceu”.

A jovem também quis doar a criança, mas familiares prometeram ajudá-la, uma vez que o filho de 7 anos, por exemplo, já estava sendo criado por parentes.

Segundo o advogado, após o nascimento da menina, a cliente arrumou um emprego em um posto de gasolina, mas, por conta da depressão, passou a usar drogas pesadas como cocaína e, posteriormente, crack. Foi demitida por atrasos constantes e por passar mal no expediente por conta dos efeitos das drogas.

Para manter o vício, a mulher começou a fazer programas, mas sua condição de vida financeira permaneceu complicada.

Ela confessou que, ao dar o chumbinho a bebê, ela também ingeriu, sendo que o veneno não teve o mesmo efeito em seu corpo. A mulher deu leite à criança após fazê-la ingerir o chumbinho, mas ela não resistiu.

A mulher saiu do DHPP por volta das 8h da manhã e seguiu para a audiência de custódia. No DHPP, ela foi indiciada por homicídio qualificado, com uso de veneno, e ocultação de cadáver. Mas, na audiência de custódia, ela teve a prisão preventiva decretada por conta da ocultação de cadáver.

O advogado revelou que a motivação do crime foi a depressão profunda. “Na audiência de custódia, ela não conseguiu narrar o que houve e pediu para tirar a própria vida”. A família da mulher preferiu se resguardar.

Fonte: Tribuna online