Proporcionando uma imersão enriquecedora para empreendedores da Amazônia em Portugal, o Programa de Internacionalização de Startups chegou ao seu término com êxito após seis meses de apoio a 12 negócios da região. Sob a coordenação da incubadora tecnológica WIT, da FPFtech (Fundação Desembargador Paulo Feitoza), o programa não apenas ofereceu mentorias e treinamentos, como também selecionou dois negócios para um intercâmbio com o intuito de conhecer a fundo o ecossistema de inovação europeu.

Ao longo de 27 dias, os participantes tiveram a oportunidade de explorar o ecossistema empreendedor de Portugal, graças a uma parceria estratégica com a uGlobally e a Softex. Segundo o coordenador da WIT, Rafael Teodósio, o programa é uma oportunidade única para os empreendedores da região se conectarem globalmente e explorarem novas possibilidades de internacionalização.

“O sucesso do projeto mostra grandes possibilidades para empresas que queiram investir em programas de internacionalização para as suas startups. Os empreendedores passaram por rodadas com investidores, conheceram os ambientes de inovação de Portugal, conheceram as possibilidades que eles têm para internacionalizar seus negócios”, explicou Teodósio.

As startups que tiveram a oportunidade de participar do intercâmbio compartilharam suas experiências no 2° Meet Up Amazônia +Global, nesta terça-feira (21), na Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Rufo Paganini, CEO da Getter, expressou sua gratidão pelo apoio recebido durante a imersão, destacando a importância de Portugal como um hub estratégico para negócios globais. Ele ressaltou os mecanismos facilitadores oferecidos pelo país, como o Startup Visa e o Startup Tech, que têm simplificado o processo de estabelecimento e crescimento de startups estrangeiras.

Além disso, Paganini enfatizou a receptividade e o interesse demonstrados pelas indústrias locais em relação às tecnologias desenvolvidas pelas startups participantes do programa, evidenciando as oportunidades de colaboração e investimento surgidas durante a estadia em solo português. “Temos percebido um respeito pelo Brasil, uma ampla presença do Brasil aqui e também ser um país muito globalizado. Temos aprendido sobre marketing, sobre como eles fazem para desenvolver um turismo, uma percepção, uma presença global a partir de Portugal”, comentou Paganini.

Para Márcio Pessoa, CMO da Btracer, a experiência em Portugal foi uma fonte de inspiração para o ecossistema empreendedor da Amazônia. Ele destacou as semelhanças entre os contextos de inovação de Lisboa e Manaus, bem como a importância de eventos globais, como o Web Summit, na aceleração do desenvolvimento do ecossistema português. Pessoa enfatizou a necessidade de Manaus seguir o exemplo de Portugal, olhando para além das fronteiras nacionais e buscando parcerias internacionais para impulsionar sua própria jornada de inovação.

“Esse período deixou muito mais claro que temos interesse na internacionalização, mas ao mesmo tempo pensar quais passos dar para isso se consolidar. É inevitável para nós começar a internacionalização por Portugal e nós já vimos essa oportunidade ali, e os próximos passos certamente serão avançando para esse caminho”, reforçou Pessoa.