O Irã lançou cerca de 200 drones e mísseis em direção a Israel neste sábado (13), de acordo com as forças de segurança de Tel Aviv. Segundo os militares israelenses, as aeronaves não tripuladas identificadas por volta das 17h da tarde (de Brasília) demorariam horas para chegar a território israelense e seriam defensáveis.

Este é o primeiro ato de agressão do Irã ao território de Israel desde o início do conflito entre Tel Aviv e Hamas, grupo aliado de Teerã, na Faixa de Gaza, e a concretização das ameaças de retaliação ao ataque, atribuído a Israel, à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã, no último dia 1º.

Na TV estatal iraniana, a Guarda Revolucionária confirmou os ataques e afirma que a operação é retaliação pelo ataque à embaixada em Damasco e o que chamou de crimes de Israel.

Em comunicado televisionado, a guarda diz ainda que “atacou alvos em Israel com dezenas de drones e mísseis”. A declaração afirma que a ofensiva foi ordenada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã e estava sob orientação do Estado-Maior do Exército de Teerã.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, convocou reunião do gabinete de guerra em Tel Aviv, prevista para ocorrer entre a noite deste sábado e a madrugada de domingo (14).

Relatos de pessoas que avistaram dezenas de drones em direção a Israel começaram a chegar do Iraque. Duas pessoas ligadas à segurança do país relataram à agência Reuters o avistamento dos drones. O ministro dos Transportes de Bagdá disse que o país fechou seu espaço aéreo, medida também tomada temporariamente pelo Líbano.

Os mísseis de cruzeiro atingiriam território israelense em menos tempo que os drones. As forças de Tel Aviv confirmaram que identificaram o lançamento de mísseis e, mais tarde, afirmaram que dez deles foram interceptados fora das fronteiras de Israel.

O Hezbollah, grupo xiita libanês aliado do regime iraniano, informou ainda que lançou “dezenas de foguetes” em posições de artilharia de Israel —ação que não difere muito do conflito que já vive na fronteira com o Estado judeu, baseado em ações localizadas e evitando escalar a violência ali.