O ecossistema de inovação da Amazônia Ocidental (incluindo o Amapá) recebeu um reforço para a internacionalização de startups, com o programa Amazônia +Global, que tem o objetivo de preparar 12 startups em fase madura para alcançar novos mercados e oportunidades fora do País. Após meses de capacitações, mentorias e preparação para o mercado internacional, duas das startups acompanhadas foram escolhidas para um intercâmbio de negócios em Portugal.

Executado pela WIT, a incubadora de negócios inovadores da Fundação Desembargador Paulo Feitoza (FPFtech), o programa é uma iniciativa da Softex Amazônia em colaboração com a uGlobally, Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e Governo Federal.

De acordo com Rafael Rodrigues, da uGlobally, o processo de consultoria oferecido às startups selecionadas foi um ganho único para esses empreendedores, visto que a preparação para a jornada de internacionalização é personalizada para cada empresa. “Começamos compreendendo seus objetivos estratégicos para, então, conduzir um processo de soft landing, que é a entrada no mercado internacional. Realizamos uma análise de maturidade internacional e pesquisa de mercado para identificar os pontos de desenvolvimento e o encaixe do negócio em diferentes mercados. Nosso objetivo é garantir uma entrada competitiva e bem-sucedida”, pontuou Rodrigues.

Para André Santos, da Getter, startup de inteligência artificial vencedora do intercâmbio em Portugal, a experiência representa a abertura de inúmeras possibilidades em mercados externos. “Conseguimos essa viagem, o que mostra o potencial da Getter no Amazonas. Este programa tem sido crucial para nós, permitindo que alcancemos novos patamares e beneficie o ecossistema amazônico. Realizamos um sonho antigo com essa oportunidade de crescimento internacional”, ressaltou Santos.

A analista de inovação na Softex, Jéssica Janes, expressou sua satisfação com a iniciativa do programa Empreende +Amazônia, que engloba ao todo cinco projetos. O Amazônia +Global, em particular, foca na internacionalização de startups maduras que buscam escalar seus negócios, mas há também programas voltados ao fomento da educação e igualdade de gênero dentro do universo da inovação.

Fabíola Almeida, analista de negócios da FPFtech e coordenadora do Amazônia +Global, destacou a importância crucial da região no cenário global. “A Amazônia não é apenas biodiversidade, mas também um centro de negócios com potencial para trazer divisas ao Estado. Estamos felizes com o amadurecimento das startups participantes, especialmente as duas selecionadas para o intercâmbio em Portugal, que trabalham com inteligência artificial na indústria e agricultura. Este programa não só oferece ferramentas para a internacionalização, mas também promove o amadurecimento empresarial e contribui para um ecossistema de inovação mais robusto”, reforçou Almeida.

As startups participantes do programa Amazônia +Global incluem Acmella Beauty, AmazWood, Btracer, Cute Clean, da Cruz Destilados, E F Belmont, Eletrocomnect, EnLite, Sundeal, Getter, Terramazonia e Warabu Chocolates.