O Tribunal do Júri condenou os três réus membros da família Brittes, acusados de envolvimento na morte do jogador Daniel Corrêa a mais de 50 anos de prisão, quando somadas. O julgamento aconteceu em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Edison Brittes, réu confesso do crime, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 24 dias de reclusão, dois anos e um mês de detenção e o pagamento de 1397 dias/multa, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, fraude processual, corrupção de menor, coação no curso do processo e ocultação de cadáver.

Cristiana Brittes foi condenada a 6 meses detenção e um ano de reclusão, além do pagamento de 20 dias multa pelos crimes de fraude processual e corrupção de menor. Ela foi absolvida das acusações de homicídio qualificado e coação no curso do processo.

Além disso, Alana Brittes foi condenada pelo júri por fraude processual, corrupção de menor, coação no curso do processo a seis anos, cinco meses e seis dias de prisão, além de nove meses de detenção e 240 dias/multa.

RELEMBRE O CASO

Em 26 de outubro de 2018, Edison, Cristiana e Allana comemoraram o aniversário de 18 anos da jovem em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do outro dia na casa dos Brittes, em São José dos Pinhais.

Em depoimento à polícia, Edison Brittes afirmou que Daniel, que também estava na comemoração, tentou estuprar a esposa dele, e que matou o jogador “sob forte emoção”. Antes de ser assassinado, Daniel chegou a trocar mensagens e fotos com um amigo, em que aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes.

Em depoimento à polícia, Edison Brittes afirmou que Daniel, que também estava na comemoração, tentou estuprar a esposa dele, e que matou o jogador “sob forte emoção”. Antes de ser assassinado, Daniel chegou a trocar mensagens e fotos com um amigo, em que aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes.

O delegado Amadeu Trevisan, em inquérito concluído pela Polícia Civil, afirmou que não houve tentativa de estupro de Daniel contra Cristiana. O oficial alegou que a mulher e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.

O delegado ainda disse que Daniel não teve como reagir à agressão que sofreu, pois estava muito embriagado. O laudo pericial identificou 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue do jogador, que não estava sob efeito de drogas.