Brasil – Apontado pela polícia como tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), Luíz dos Santos Rocha, o “Luíz Conta Dinheiro”, foi fuzilado no momento em que chegava de carro em casa, após ser beneficiado com uma saída temporária, por volta das 17h de terça-feira (12/3) em Atibaia, interior paulista.

Câmeras de monitoramento registraram a chegada de Luíz ao local, no banco do passageiro de um carro branco.

A filha dele aparece em uma estrada de terra, aguardando a chegada do parente. Ela percebe, então, que um Hyundai Tucson preto chega logo atrás do carro do pai, em alta velocidade. A jovem corre para dentro da chácara — a esta altura, o carro branco em que estava o pai dela já tinha entrado na propriedade.

As imagens mostram que o assassino desembarca encapuzado do banco do passageiro da Tucson, empunhando um fuzil calibre 7.62. Ele é seguido pelo motorista do carro. Luíz é fuzilado antes mesmo de desembarcar do carro branco. Os dois assassinos voltam para a Tucson e fogem em alta velocidade. A ação dura menos de 20 segundos.

O carro branco, ocupado pelo tesoureiro do PCC, acelera até próximo a uma casa e o motorista desembarca e corre. Luíz chega a abrir a porta, do lado do passageiro, mas morre em seguida.

Fontes policiais afirmaram, em sigilo, que Luíz já havia sido alvo de outra tentativa de homicídio, quando voltava para o presídio, em janeiro deste ano, no retorno de outra saída temporária. Ele foi ferido de raspão.

O tesoureiro teria afirmado, após o atentado, que estava jurado de morte por ter “rachado” com membros da facção da capital paulista.

Arsenal em casa

Após a tentativa de homicídio, ele foi atendido na Santa Casa da cidade do interior, onde teria relatado que estava preso porque a Polícia Militar havia encontrado um arsenal em sua casa.

O Metrópoles apurou que, em 17 de julho de 2019, policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) prenderam Luíz Conta Dinheiro após encontrarem com ele, em um conjunto habitacional de Atibaia, um fuzil, uma pistola, um revólver, além de drogas e documentos.

Na ocasião, ele foi apontado como uma das lideranças do PCC na região, responsável pela contabilidade da facção.

O criminoso foi um dos 32.129 presos do regime semiaberto beneficiados, na terça-feira, com a saída temporária, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Fonte: Metrópoles