O programa Voa Brasil, que prevê passagens aéreas de até R$ 200, não terá como ofertar o valor promocional para todos os brasileiros, admitiu o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Declaração ocorreu  nesta segunda-feira (26) durante um evento na B3, em São Paulo.

“Não teríamos condições de oferecer passagens a R$ 200 para todos os brasileiros da noite para o dia”, disse o ministro.

A primeira fase do programa, que beneficiará cerca de 21 milhões de pessoas, será direcionada para aposentados, pensionistas que não tenham voado nos últimos 12 meses e alunos inscritos no ProUni.

Segundo o ministro, o “Voa Brasil” será lançado em março e disponibilizará cinco milhões de passagens em uma parceria entre o governo federal e as empresas aéreas. No entanto, a compra dos bilhetes por até R$ 200 será válida apenas durante os períodos de baixa temporada, entre os meses de março e junho, e entre agosto e novembro.

Além disso, Costa Filho anunciou que aguarda um aporte entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões por parte do Tesouro Nacional, para que as empresas aéreas possam obter empréstimos no BNDES. Essa linha de crédito poderá ser destinada à aquisição de cerca de 30 aeronaves, incluindo as empresas Gol, Azul e Latam.

A ideia do programa surgiu no início do governo, durante o mandato do ex-ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB). No entanto, com a substituição para Sílvio Costa Filho (Republicanos), o programa enfrenta atrasos e segue apenas no papel.

Lançamentos do programa foram previstos para agosto, setembro e, mais recentemente, fevereiro, porém, segundo a assessoria do ministério, o anúncio do programa será feito em uma nova data a ser definida após o carnaval.

Costa Filho negociou com as três principais empresas aéreas do país – Azul, Gol e Latam -, garantindo cerca de 6 milhões de passagens aéreas para este ano. No entanto, no período inicial do programa, nem todos os destinos no Brasil serão incluídos, o que pode limitar o acesso dos beneficiários.