O avanço das investigações contra o ex-presidente e seu golpismo também já deflagrou discussões nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre qual será o colegiado da corte responsável por julgá-lo.

O Ministro Luís Roberto Barroso, e o relator dos casos que envolvem o ex-presidente, ainda não discutiram o assunto.

A dúvida, afinal, é uma: se o placar de uma mais do que provável condenação do ex-presidente seria por 5 votos a 0, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ou 9 votos a 2, no plenário do Supremo. Não há dúvida sobre o voto de nenhum dos 11 ministros, ao menos não sobre condenar ou não Bolsonaro.

Pode e deve haver divergência sobre dosimetria de pena ou se haverá condenação em todos os crimes pelos quais for denunciado.

Por se tratar de um ex-presidente, pelo simbolismo de punir o golpismo, Luís Roberto Barroso acha que o julgamento deve ocorrer no plenário, pelos 11 integrantes da Corte.

Assim, também seria possível que os dois ministros indicados pelo ex-presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques e André Mendonça, participassem da análise do caso. Isso, na visão de Barroso, dissiparia a provável grita bolsonarista, caso a decisão recaia sobre a primeira turma, sem que Kassio e Mendonça, que integram a segunda turma, possam votar.