O governador do Amazonas, Wilson Lima, participou de uma reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e outros governadores para atualizar o cenário da dengue no país.

O encontro foi realizado de forma virtual na quarta-feira (07), a convite do Ministério da Saúde e, na ocasião, o governador apontou a necessidade de ampliação do número de leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), como medida de prevenção, para atender os pacientes que necessitarem de hospitalização em virtude da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

“A nossa maior necessidade aqui seria a questão do aumento do número de leitos de enfermaria e de UTI, como prevenção, todos voltados para o público adulto, principalmente, uma vez que quanto aos leitos pediátricos temos condições de fazer os atendimentos desses pacientes”, explicou.

O governador participou da reunião acompanhado do secretário de Estado da Saúde, Anoar Samad, que afirmou que o Amazonas vem monitorando de forma constante os casos de dengue e doenças respiratórias, além de fazer investimentos necessários para o atendimento da população.

Segundo o ministério da Saúde, o diálogo segue aberto com estados e municípios para monitorar o avanço da doença e dar as condições para o combate da arbovirose, que já teve mais de 360 mil casos (prováveis e confirmados) de dengue, com 40 mortes confirmadas, segundo o ministério.

Vacina contra a dengue

Conforme anúncio feito na última semana de janeiro pelo Ministério da Saúde, a vacina contra a dengue será destinada a 12 municípios do Amazonas. A iniciativa visa fortalecer as medidas de prevenção e controle da doença. A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, aguarda previsão de data para recebimento da remessa de imunizantes, incluindo a quantidade a ser enviada.

Conforme o Ministério da Saúde, vão receber vacina contra a dengue Manaus, Iranduba, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, Careiro, Nova Olinda do Norte, Manaquiri, Santa Isabel do Rio Negro, Autazes e Careiro da Várzea.

Esses municípios estão dentro dos critérios da equipe do Ministério da Saúde para recebimento das doses. Serão vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Monitoramento e prevenção

No Amazonas, foram registrados 11.641 casos de dengue no Amazonas em 2022 e 18.425 casos de dengue em 2023. Em janeiro de 2024, foram notificados 6.774 casos suspeitos de dengue no Amazonas. Em janeiro de 2023, foram notificados 2.865 casos suspeitos de dengue. A FVS-RCP trabalha na atualização dos dados e confirmação de notificações, que também registram outras doenças no período, como a Oroupoche e Covid-19.

Para evitar as arboviroses, a orientação é que a população aplique a estratégia dos 10 minutos de vistoria por semana de possíveis criadouros do mosquito para manter a casa, ambiente de trabalho e escola livre do mosquito. A inspeção é uma medida simples e pode ser implementada no cotidiano para eliminar criadouros ao evitar água parada que possa favorecer a disseminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses, como a dengue.

Vacinação contra a Influenza

Wilson Lima também agradeceu à ministra pela antecipação da Campanha de Vacinação contra a Influenza para o Amazonas e demais estados da Região Norte. Seguindo o período sazonal das doenças respiratórias no estado, o período de vacinação contra a doença no Amazonas agora passa a ser realizado em novembro, e não mais em abril.

Por meio da articulação de Wilson Lima, o Ministério da Saúde enviou 1,5 milhão de doses de vacinas só para o Amazonas.

“Quero aproveitar também para fazer o registro da disposição do ministério da Saúde em adiantar a vacinação da Influenza no estado do Amazonas, que a campanha nacional começa em abril e no Amazonas começou no ano passado em novembro porque é quando começa o período chuvoso e quando a gente tem uma incidência nos meses seguintes da Influenza. Isso foi muito importante para que a gente não tivesse um complicador no Amazonas”, avaliou Wilson Lima.