A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou da CPI das ONGs, encabeçada pelo Senador Plínio Valério (PSDB-AM), para responder sobre a não conclusão da BR-319, que os Estados de Rondônia e Amazonas. Segundo o senador amazonense, a ministra seria a principal responsável pela não finalização da obra.

A parlamentar por sua vez, destacou que o estado teve diversos representantes ao longo de quinze anos, e que durante esse tempo a estrada não fora concluída. “Eu saí do Ministério do Meio Ambiente em 2008. Eu estou voltando em 2023, portanto, quinze anos depois. Por que não fizeram a estrada?”.

Ainda na sequência dos interrogatórios, a ministra destacou que a estrada não foi concluída, por falta de licenciamento ambiental na época do seu mandato. E ressaltou que a dificuldade de finalizar a rodovia, se dá por conta da viabilidade econômica e ambiental, considerando a necessidade de preservar mais de 400 quilômetros de floresta virgem. Confira:

“A não ser que seja para converter os mais de 400 quilômetros de floresta virgem em outra atividade, não tem viabilidade”, afirmou a ministra. A discussão na CPI das ONG’s sobre a BR-319 destaca a complexidade das questões ambientais e de infraestrutura na região amazônica.

GOVERNADOR DO AMAZONAS COBRA POSICIONAMENTO ACERCA DA BR-319

“É preciso que haja uma decisão política, é preciso que o governo federal decida se, de fato, quer pavimentar a 319 para que a gente possa encontrar um caminho para que ela possa exercer sua função que é de garantir um direito que é básico do cidadão que é o direito de ir e vir”, destacou Wilson Lima.

O Governado do Amazonas afirmou ainda que o estado está disposto a cumprir exigências ambientais e até transformar a BR-319 numa “rodovia verde”, mas diz que falta uma sinalização positiva da gestão federal atual,.

“O Governo do Estado do Amazonas está disposto a cumprir todas as condicionantes ambientais, seja para transformar a BR-319 numa rodovia verde, numa rodovia parque com passagem de fauna, com governança nas reservas de desenvolvimento ao longo da rodovia, não tem dificuldades”, finalizou