O glaucoma ocupa o segundo lugar no ranking das causas de cegueira no mundo, podendo acometer até 2,5 milhões de pessoas ao redor do planeta. Entre crianças, com idades de 0 a 7 anos, 75 mil ficaram cegas em um universo de 1,5 milhão diagnosticadas com o problema, segundo a Organização Mundial da Saúde.

“A doença é silenciosa. Ela afeta o nervo óptico, levando aos poucos à perda irreversível da visão. O paciente só percebe que parou de enxergar no estágio mais avançado”, alerta a médica oftalmologista Liliana Nóbrega. A doença não tem cura, mas a boa notícia é que tem tratamento.

A doença pode afetar pessoas de todas as idades, porém, Liliana explica que é mais comum em adultos na faixa etária acima dos 40 anos.

“Todos podem desenvolver a doença, porém pessoas com histórico familiar de glaucoma têm maior risco de desenvolver a doença, por isso todos, sejam bebês, crianças, adolescentes, adultos ou idosos, precisam fazer acompanhamento com um oftalmologista”, explicou Liliana.

Conheça os principais sintomas do glaucoma e o diagnóstico

Alguns sintomas acendem o sinal de alerta para a possibilidade da doença. Conheça alguns deles:

– Dor de cabeça;

– Aumento da pupila;

– Vermelhidão nos olhos;

– Visão embaçada;

– Aumento de sensibilidade à luz;

– Maior resistência de saída de líquido no olho (com aumento de pressão e como consequência, lesão no nervo).

Alguns exames são necessários para fechar o diagnóstico do glaucoma. A campimetria computadorizada, retinografia, gonioscopia, paquimetria e tomografia de coerência óptica. Aferir a pressão intraocular também é de grande importância e deve ser feita com frequência.

Tratamento

Além dos colírios que atuam na redução da pressão intraocular, em alguns casos pode ser feita a aplicação de laser evitando a progressão da doença.

“Durante o tratamento, escolhemos usar primeiro os colírios, ou o tratamento a lazer, pois, geralmente, eles reduzem muito o grau da doença. As cirurgias são indicadas em último caso, quando precisamos reduzir a pressão intraocular quando não há controle em uso da medicação”, conta a médica.

Práticas saudáveis, como boa alimentação, rotina de exercícios físicos e mentais e uma alimentação balanceada ajudam não só no tratamento, mas na manutenção da saúde na totalidade.

Fonte: Folhavitoria