A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, publicada no domingo (5), que deseja ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto.

“Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”, justificou.

Janja rebateu críticas de aliados do governo de que atua como se tivesse sido ela a eleita. “O povo acha que eu fico lá sentada. Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom”, disse.

A primeira-dama também reconheceu que “há pouquíssimas mulheres” no entorno do presidente e disse que “faz parte” a demissão de ministras do governo. As agora ex-ministras do Turismo Daniela Carneiro e do Esporte Ana Moser, além da presidente da Caixa, Rita Serrano, foram demitidas para acomodar homens indicados por partidos do Centrão.

No mês passado, Janja agiu quase que como o vice-presidente da República, visitando as áreas afetadas pela chuva no Rio Grande do Sul junto a ministros do gabinete de Geraldo Alckmin.