A Shein anunciou na tarde desta terça-feira (19) que vai bancar o ICMS para os clientes nas compras internacionais de até US$ 50. O anúncio foi feito pelo CEO da Shein na América Latina, Marcelo Claure, em entrevista à EXAME.

De acordo com Claure, para compensar o gasto com o imposto, a empresa chinesa está revendo seus processos logísticos a fim de economizar custos.

Claure disse na entrevista que ainda não sabe até quando a empresa vai bancar o ICMS de 17% dos Estados e que isso vai depender do quanto ela vai conseguir economizar em custos.

A Shein recebeu a certificação do programa Remessa Conforme na última quinta-feira (14).

Com a adesão ao programa, as compras até US$ 50 ficam isentas de imposto de importação, mas pagam 17% de ICMS.

Já as compras acima desse valor pagam 60% de imposto de importação, além do ICMS.

O subsídio da Shein vale só para as compras até os US$ 50. O Remessa Conforme começou a funcionar hoje no site da Shein, já com o subsídio do imposto.

A expectativa da empresa chinesa é que as compras cheguem mais rápido ao consumidor brasileiro.

Isso porque o Remessa Conforme prevê tratamento aduaneiro mais ágil para as empresas que aderirem.

“O tempo de entrega às vezes demorava muito. Agora a Shein vai ficar ainda mais competitiva”, disse Claure na entrevista. “Para nós é muito importante poder regularizar os impostos. Mas o mais importante é não causar nenhum dano ao consumidor”.