Neste mês de setembro faz dois anos da morte do sargento Lucas Ramon Guimarães, 29 anos, morto a tiros em uma lanchonete no bairro Praça 14 de Janeiro, zona Sul de Manaus. As investigações da Polícia Cívil do Amazonas (PC), apontam como mandantes do crime o casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, donos da rede Vitória Supermercados.

O casal deixou a prisão em 2022 após conseguirem uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Até o momento, nenhum envolvido no caso foi condenado.

A família da vítima Lucas Ramon temem que o caso seja esquecido pela Justiça Amazonense. Segundo as investigações, Joabson Agostinho descobrira que sua esposa, Jordana, mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima e estaria desviando dinheiro da empresa para ele. O dono da rede de supermercados, então, começou a fazer ameaças contra Lucas Ramon e a agredir a esposa, de acordo com a polícia.

O sargento teria devolvido R$ 200 mil reais a Joabson por meio de um funcionário da rede, que pegou a encomenda com Lucas no Batalhão do Exército. A delegada adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Mirna Miranda, afirmou que há fotos do encontro dos dois, realizadas a pedido de Jordana Azevedo.

A delegada afirma que ela sabia que o sargento seria morto e manteve-se calada, sendo cúmplice do crime. Os dois continuaram casados após todo o desenrolar da morte de Lucas Ramon.

Outras pessoas foram presas, como Silas Ferreira da Silva, o executor de Lucas Ramon; Romário Vinente Bentes, gerente de uma das lojas que teria feito o contato com o pistoleiro a mando de Joabson; Kamylla Tavares da Silva, que teria ajudado Romário a entrar em contato com Silas; e Kayandra Pereira de Castro, que também teria ajudado o gerente a entrar em contato com o assassino.

Uma última envolvida, Kayanne Castro Pinheiro, também teria auxiliado no contato com o pistoleiro e continua foragida. O processo segue em andamento nas instâncias da Justiça do Amazonas.