A atriz Aracy Balabanian morreu na manhã desta segunda-feira (7), aos 83 anos. Ela estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, segundo apurado pelo jornal O Globo.

Aracy foi diagnosticada com câncer no pulmão no fim do ano passado. Ao passar por um tratamento para um derrame pleural, que causa acúmulo de líquido nos pulmões, a atriz teria descoberto dois tumores nos órgãos.

Filha de refugiados armênios, Aracy nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e aos 10 anos se mudou para São Paulo, onde conheceu, por intermédio da escola, Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido. Este foi o seu primeiro contato com a atuação, embora o interesse tenha surgido antes, ao visitar circos.

Em entrevista ao site Memória Globo, a atriz contou que foi Boal quem a incentivou a fazer um teste para o Teatro dos Estudantes Paulista, no qual passou e, desde então, não parou de atuar. Aracy se formou pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP) e se destacou pela atuação nos palcos em espetáculos com o grupo Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC.

Foram mais de 60 anos de carreira dedicados à TV, ao teatro e ao cinema. A primeira protagonista de Aracy foi na novela Antônio Maria (1968). Entre os folhetins em que ela atuou, destacam-se títulos como O Casarão (1976), Coração Alado (1980), Elas por Elas (1982) e Locomotivas (1986), além do programa infantil Vila Sésamo (1972), todos exibidos pela Globo.

Nos anos 1990, Aracy brilhou como dona Armênia, em Rainha da Sucata (1990),  a manipuladora Filomena em A Próxima Vítima (1995) e a memorável Cassandra, em Sai de Baixo (1996-2002). Em entrevista ao Conversa com Bial, em agosto de 2022, ela revelou que foi escalada para o humorístico porque queriam mostrar o seu lado “mais engraçado”. Durante as filmagens, chegou a pedir demissão porque não conseguia segurar a risada.