O atacante Pedro, do Flamengo, prestou queixa em Belo Horizonte contra o preparador físico Pablo Fernández, do próprio clube, na madrugada deste domingo, horas após a vitória rubro-negra sobre o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro.

A ida à delegacia atrasou o retorno do elenco para o Rio de Janeiro e o jogador, assim como o membro da comissão técnica de Jorge Sampaoli, não retornaram com o resto da equipe.

A confusão começou quando o preparador questionou o atacante por ter sentado no banco após as entradas de Luiz Araújo e Everton Cebolinha (o Flamengo ainda tinha uma substituição disponível). O camisa 9 retrucou e levou um soco na boca.

Pedro se dirigiu ao Batalhão da Rotam (Rondas Táticas Metropolitanas da Polícia Militar) acompanhado de seguranças do Flamengo, um advogado e Marcos Braz, vice de futebol do clube. O preparador físico também foi à delegacia em outro veículo, para apresentar sua versão dos fatos. Em seguida, o camisa 9 do Flamengo foi à Central de Flagrantes da Polícia Civil.

Foram ouvidos Pedro e Pablo, personagens envolvidos diretamente no caso, além de testemunhas como o zagueiro Pablo, o atacante Everton Cebolinha, o volante Thiago Maia e o coordenador Gabriel Andreata. No momento, o diretor executivo Bruno Spindel acompanhava o elenco e Marcos Braz nã estava presente no local.

– Após o jogo, o atleta Pedro sofreu um golpe na face após uma breve discussão com o preparador físico. Ele questionou Pedro por não ter aquecido no segundo tempo. Pedro não gostou de ter sido interpelado, disse que não queria fazer o aquecimento e recebeu tapinhas no rosto do preparador. Pedro não gostou e tirou as mãos. Então, o preparador deu um passo para trás e desferiu um soco na face do jogador. Fizemos as oitivas, procedemos o Termo Circunstanciado e vamos encaminhá-lo ao Ministério Público. O jogador, portanto, representou o caso – explicou o delegado Marcos Pimenta.

– Todas as testemunhas afirmaram que Pedro levou um soco na boca após a discussão. A princípio, foi um caso leve. Não há mandado de prisão contra Pablo Fernández. A pena, neste tipo de delito, é de multa. Não há necessidade de prisão. Por isso, o preparador foi liberado e não houve prisão em flagrante.

Por volta de 3h30 da manhã, Pedro deixou o local e se dirigiu ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para realizar exame de corpo de delito. O Flamengo ainda não se pronunciou sobre o caso de forma oficial. Pelas redes sociais, o camisa 9 do clube postou um texto dando sua versão do caso.

**Com informações Lance!