Os influenciadores digitais manauaras resolveram cancelar todos os sorteio de rifas, após grande repercussão do caso dos influenciadores, Lucas Picolé, Mano Queixo e Isabelly Aurora, presos durante a Operação Dracma, que visa combater esquemas de sorteios fraudulentos por meio das redes sociais.

Segundo o Delegado de Polícia Civil Cícero Túlio, a devolução do dinheiro e os cancelamentos dos sorteios não isenta ninguém da investigação policial, assim como também não os isenta de quaisquer crimes relacionados à esquemas de origem fraudulenta.

O Delegado Cícero Túlio, Titular do 13º Distrito Integrado de Polícia (DIP), confirmou que a operação ainda não terminou e que ainda tem outros influencers sendo investigados. Ainda de acordo com o delegado, qualquer sorteio que não tenha autorização do Ministério da Economia, e que não seja de cunho filantrópico, é considerado ilegal.

Além disso, as rifas para serem legalizadas devem ser feitas por meio de empresa constituída e os recursos levantados com a venda de bilhetes devem ser completamente destinados a instituições de caridade.

‘Os influenciadores estão confundindo… E achando que o fato de os prêmios serem entregues os isentam de ser investigados. O delito não ocorre com a não entrega e o fato de entregar o prêmio não retira o caráter criminoso do jogo de azar, e qualquer bem ou investimento feito com o dinheiro das rifas constitui lavagem ou dissimulação de capitais. A ausência de entrega de prêmios constitui outros crimes como fraude no comércio e estelionato’, disparou o delegado.

O Delegado Cícero Túlio ainda ressalta que perfis, páginas de fofoca e sites que fizeram a divulgação de rifas ou sorteios para blogueiros também correm o risco de serem responsabilizados por associação criminosa.