Raimunda Nonata Laurinda da Silveira, foi condenada a 14 anos e três meses de prisão pelo assassinato de sua filha recém-nascida, que foi enterrada viva. O fato aconteceu em Camocim no Ceará.

Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), Raimunda Nonata planejou meticulosamente todos os detalhes do crime. Ela ocultou a gravidez de nove meses de seus familiares e alegou ter tentado abortar o bebê por temer críticas devido à sua situação financeira precária.

O caso foi analisado pela 1ª Promotoria de Justiça de Camocim, que considerou a motivação do crime como sendo “fútil e desproporcional”.
O crime ocorreu em março de 2019 na localidade de Buriti, zona rural do município litorâneo. De acordo com informações da polícia, moradores da região afirmaram ter ouvido o choro da criança, e ao procurá-la, encontraram o recém-nascido sem vida e com múltiplas lesões pelo corpo.
“O bebê morreu por asfixia e foi constatada a presença de areia em sua traqueia. Posteriormente, o corpo foi atacado por animais, não restando nenhuma víscera, coração ou pulmão”, revelou Antônio Veras Nogueira, auxiliar de perícia do Núcleo da Perícia Forense (Pefoce).
Conforme informações fornecidas pelo auxiliar da Pefoce, Raimunda Nonata estava prestes a completar nove meses de gestação quando tomou chá de boldo na tentativa de realizar um aborto. Ela então foi para o quintal de sua residência, localizada em uma ampla área rural, onde deu à luz a criança. Ao perceber que o bebê parou de chorar, acreditou que estivesse morto e o enterrou.
Por esse motivo, foi solicitada a condenação de Raimunda Nonata pelo homicídio qualificado. Atualmente, a mulher está em liberdade desde setembro de 2021 e tem o direito de recorrer da decisão enquanto continua em liberdade.