O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse, nesta quarta-feira (17/5), que foi vítima de “vingança” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Partido dos Trabalhadores (PT), por ter sido condenado à perda do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o ex-procurador da Operação Lava-Jato, ele “ousou combater a corrupção” e, por isso, foi retaliado pela Justiça.

A declaração foi dada em coletiva de imprensa, no salão verde da Câmara dos Deputados. Deltan acusou o chefe do Executivo de pedir a sua cassação aos integrantes do TSE. “Vimos o sistema retaliando pelos que cumpriram a lei, contra quem ousou combater a corrupção pelo Brasil. Eu fui cassado por vingança. Eu fui cassado porque eu ousei ao que é mais difícil no país: enfrentar o sistema de corrupção”, disse.

“O presidente da República e o seu Partido dos Trabalhadores pediram a minha cassação. E eles conseguiram que sete ministros superassem todos e decisões anteriores e me cassaram. Liderados por um ministro, que já disse que é o ministro Alexandre de Moraes”, completou, em referência ao presidente da Corte Eleitoral.

No pronunciamento, Deltan disse também que “não vai desistir” e que este “é um novo começo” para sua história.”Nós não vamos permitir que minem e ataquem as nossas liberdades. O poder que os tribunais têm de me atingir, de me derrubar, talvez seja o mesmo poder que os irmãos de José tinham ao vendê-lo como escravo no Egito”, afimou.

Dallagnol foi recebido no púlpito do salão verde da Câmara dos Deputados, onde foi feita a entrevista coletiva, ao lado de parlamentares de oposição, sendo a maioria da ala bolsonarista como, por exemplo, Eduardo Bolsonaro, Hélio Lopes, Paulo BiLiynski, Damares Alves, Eduardo Girão, Bibo Nunes, Bia Kicis, Sostenes Cavalcante. Correio Brasiliense.

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