Pedro Sampaio desabafou em entrevista sobre como está se sentindo após se declarar bissexual durante um show, há algumas semanas no Lollapalooza. Segundo o DJ, cantor e produtor, ele está mais livre com a decisão.

“Estou vivendo agora um momento, pessoalmente falando, mais livre mesmo. Antes de acontecer isso tudo, ficava pensando muito em como reagir, se devia esconder isso. Essas dúvidas passam pela cabeça”, começou o artista.

O famoso negou que sofreu algum tipo de pressão da mídia, dizendo que entende que é uma pessoa pública. “Então, eu posso ser alvo desse tipo de situação, de notícia. Acho que a criação da minha família me deu uma maturidade muito além do que eu poderia esperar, porque são coisas que não me afetam tanto e entendo o lugar que eu estou hoje para que essas coisas aconteçam”.

O músico lembra que começou a carreira muito novo, com 14 anos, e fala sobre a decisão de tornar público o assunto da sexualidade. “Estava em um processo de amadurecimento como ser humano e como artista também. Acho que esse foi um momento em que eu me senti, de fato, maduro o suficiente para falar sobre esse assunto. Estava resolvido também como pessoa, dentro da minha própria família, eu senti que era a hora certa”, disse

Para o DJ, a escolha do Lollapalooza para fazer o anúncio foi muito acertada. “Ser no Lolla, com a participação do Lulu Santos, que regravou a música, só coroou tudo. Como artista jovem, acho que isso inspira outras pessoas, dá lugar de fala, mostra que está tudo bem, que não tem problema, não precisa ter vergonha”.

No fim da entrevista, Pedro Sampaio falou sobre a importância de discutir a bissexualidade. “A visibilidade bissexual é um assunto interessante a ser debatido, porque muitas pessoas descredibilizam isso, acham que são pessoas em dúvida, que não sabem o que querem. Começam as apostas também de ‘Ah, ele é isso, ele não é isso’. E não é por aí, sabe? É uma coisa precisa ser respeitada, pois existe sofrimento no processo de descoberta”.

“O principal é a comunidade estar unida, para um dar a mão para o outro e a gente normalizar isso, mostrar que é normal, lutar contra o preconceito mesmo. Existem vários quebra-molas no meio dessa estrada, mas nesse período eu só senti amor mesmo”, completou.

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