Embora rejeitasse a alcunha, Rita Lee ficou conhecida como a rainha do rock brasileiro. E a morte da cantora, nesta segunda-feira (9/5), repercutiu entre famosos, fãs e em diversos jornais mundo afora. O espanhol El País descreveu a artista como “rainha da psicodelia brasileira” e “estrela do Tropicalismo”, além de ressaltá-la como feminista, defensora dos direitos humanos e da liberdade.

O ABC News, dos Estados Unidos, destacou o estilo colorido e sincero como marca registrada de Rita Lee. “Com uma carreira de seis décadas, a paulistana deixou uma marca duradoura com sua irreverência, criatividade e composições contendo mensagens que ajudaram a introduzir o feminismo na sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que abordava abertamente sua luta contra o uso de drogas”, publicou o jornal.

A Agência Télam, da Argentina, enfatizou que a trajetória da rainha do rock brasileiro provocou uma revolução cultural. “A artista morreu na privacidade de sua casa, com a plena certeza de ter conseguido incutir pelo menos um pouco de liberdade mental em sua geração”, disse o jornal.

O jornal peruano El Comercio lembrou da época em que Rita Lee foi presa grávida em 1976, durante a ditadura militar, por causa das músicas irreverentes que abordavam temas como sexo, amor e liberdade. “De língua solta, com muito senso de humor e defensora incansável da liberdade sexual, Rita Lee tornou-se um símbolo feminista”, afirmou.

Já a BBC do Reino Unido citou o título de “Patrona da liberdade” para se referir à artista. Segundo o jornal, o clássico Ovelha negra foi apenas uma das muitas músicas que refletiam a vontade da cantora em ser ela mesma, se destacando no rock, mesmo o gênero sendo dominado por homens. Correio Brasiliense.

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