A marca de cerveja Budweiser tem sido alvo de boicote nos Estados Unidos, desde o início de abril, após ter contratado a influenciadora transgênero Dylan Mulvaney para participar de uma ação publicitária.

Depois da publicação de um vídeo em que Mulvaney mostra a bebida, grupos conservadores norte-americanos iniciaram uma série de ações que resultaram na queda de 17% nas vendas da empresa na última semana e uma perda de valor de mercado de aproximadamente R$ 30 bilhões.

Celebridades e políticos entraram na onda de sabotagem à empresa, incluindo o músico Kid Rock, que fez sucesso no país entre os anos 1990 e 2000. Ele compartilhou um vídeo em seu Instagram em que aparece com um fuzil automático e atira diversas vezes contra caixas de Bud Light.

Outras personalidades como o influenciador de direita Ben Shapiro e o deputado republicano do Texas Dan Crenshaw, incentivaram o boicote. Além disso, segundo a imprensa local, houve uma ameaça de bomba a uma fábrica da Budweiser em Los Angeles.

Em meio à polêmica e com perdas significativas em suas ações e em vendas, a AB InBev, abreviação para Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser, anunciou o afastamento de dois diretores de marketing. Alissa Heinerscheid, vice-presidente de marketing da Bud Light, e Daniel Blake, vice-presidente da Anheuser-Busch e responsável por supervisionar o marketing das principais marcas da Anheuser-Busch, entraram de licença.

A empresa emitiu comunicado, que foi divulgado pelo jornal The New York Times, primeiro veículo a noticiar o caso, e confirmou as mudanças na equipe de marketing. De acordo com a cervejaria, os ajustes foram feitos para “reduzir camadas”. “Fizemos alguns ajustes para simplificar a estrutura de nossa função de marketing para reduzir as camadas, de modo que nossos profissionais de marketing mais experientes estejam mais conectados a todos os aspectos das atividades de nossas marcas”, afirmou.

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