A Polícia Militar de Blumenau, identificou o homem que diz ter sido o autor da chacina à Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC). Quatro crianças morreram no ataque e outras três ficaram feridas.

Luiz Henrique Lima, de 25 anos, autor do massacre se entregou à Polícia Militar após realizar a ação criminosa que chocou não só a cidade de Blumenau, como também o país. Em suas redes socais, ele chegou a compartilhar um vídeo onde se exibe em um elevador do prédio onde supostamente morava. Confira:

De acordo com um internauta, o perfil do autor do massacre era repleto de postagens enaltecendo Jair Bolsonaro. Ainda de acordo com um outro site, intitulado “Jornal Razão”, Luiz Henrique Lima, teria feito postagem no Facebook após o ataque à creche: “Policial Fábio Matos que comandou o ataque, resistência manda um salve”.

QUEM É O HOMEM RESPONSÁVEL PELO MASSACRE

Luiz Henrique de Lima, de 25 anos, nascido em 19 de dezembro de 1997, Luiz é natural de Salto do Lontra, no Paraná. Segundo informações ele trabalhava como motoboy. Nos documentos de identidade do preso, o nome do pai é desconhecido.

Segundo a polícia, Luiz Henrique invadiu a creche com uma machadinha, atacou as crianças e depois se entregou no Batalhão da Polícia Militar (BPM), segundo o Delegado Geral de Polícia de Santa Catarina, Ulisses Gabriel.

AUTOR TERIA COMPARTILHADO “SUCESSO” DA MISSÃO EM GRUPOS FOCADOS EM ATAQUES À ESCOLAS

Segundo informações, o autor da chacina teria compartilhado em grupos de Whatsapp, o “sucesso” da missão. Ataques a escolas estão ficando cada vez mais comuns no país, as autoridades tem registrados 22 ataques violentos com vítimas em unidades de ensino, 10 deles ocorridos no último ano.

Não é de hoje que o ódio é disseminado nas redes sociais, e nos últimos quatro anos, o ambiente foi propicio para que unidades que visam apenas o caos, se instalassem em diversos núcleos e regiões. Na última semana, um aluno ceifou a vida de uma professora, ao invadir uma escola armado de uma faca.

As autoridades chamam atenção para o número crescente de células que buscam não só incentivar os ataques com os chamados “desafios” como também patrocinar as ações criminosas.

Ainda segundo as autoridades, os perfis variam entre idade de 10 a 25 anos, cuja maioria são alunos ou ex-alunos, muitos deles usavam armas de fogo e sempre são movidos por misoginia, culto a armas e histórico de distúrbios psiquiátricos.

ATAQUES NÃO SÃO ALEATÓRIOS E MOTIVAÇÕES SÃO DISTINTAS

Apesar de todos terem como alvo a escola, as motivações são distintas. Os ataques motivados principalmente por vingança ou raiva, o que envolve, por exemplo, ciúmes e bullying.

São premeditados e têm planejamento, com a aprendizagem de métodos de ataque via internet. Os agressores participam de fóruns online de incentivo à violência, frequentam a chamada deep web (em que há atividades ilegais), mas estão cada vez mais na superfície digital, ou seja, utilizando as redes legais e disseminadas, como Instagram, TikTok, WhatsApp, Twitter, Telegram e Discord.

A cooptação para as ideias extremistas é feita, em grande parte, por jogos online, como Roblox, Fortnite e Minecraft, e os agressores estão cada vez mais conectados a ideias de extrema direita.

Cabe as autoridades mapear os perfis e à população cabe o apoio para com as autoridades, para que casos como esse não se tornem cada vez mais comuns.