A mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Michelle Bolsonaro, se pronunciou nas redes sociais, no domingo (8), sobre as acusações de que ela e o marido teriam entregue o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República, em péssimas condições.

A publicação ocorreu horas após entrevista da Globonews com a primeira-dama, Janja, onde ela apontou “falta de cuidado” com a residência oficial, que agora abrigará ela e o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso foi um dos mais comentados no Brasil neste fim de semana.

Em uma sequência de stories em sua conta no Instagram, a ex-primeira-dama afirmou que ela e o marido preservaram o Palácio, “respeitando a estrutura que é patrimônio tombado e também o dinheiro do povo brasileiro”.

Apesar da alegação, fotos e vídeos mostram diversos danos na estrutura do local, como infiltrações, janelas quebradas, mesas danificadas, piso com tábuas soltas, rasgaduras em tapetes e sofás rasgados. Veja as fotos: 

Em seguida, Michelle ignorou a restauração feita dois meses antes de o marido assumir a presidência e mencionou a reforma realizada durante o primeiro governo de Lula.

“É de conhecimento público que em 2006 o local passou por uma reforma avaliada em aproximadamente R$ 18.000.000 (dezoito milhões de reais) onde foram executadas algumas mordomias como jacuzzis com hidromassagem, pela empresa “Odebrech”, escreveu ela em referência à antiga Odebrecht, agora chamada Novonor.

Em seguida, ela rebateu as acusações e justificou alguns dos problemas apontados por Janja. “A infiltração no teto do salão de Estado foi consertada. Contudo, com as chuvas recentes infiltrou novamente, e o conserto demanda um tratamento especial na manta que está sobre a laje”, explicou, ressaltando que o Alvorada conta com manutenções semanais e quinzenais.

Somado a isso, Michelle também destacou que os móveis usados pela família durante o tempo em que Bolsonaro ficou no poder foram levados do Rio de Janeiro – onde a família morava antes de o ex-presidente tomar posse – para Brasília.

“Prezando sempre o respeito pelo nosso contribuinte, trouxemos nossos móveis do Rio de Janeiro e reutilizamos panelas, talheres, copos, toalhas, lençóis etc… que já pertenciam a residência”, complementou.