Os jogadores da seleção iraniana de futebol serão punidos pelas autoridades iranianas após a derrota da equipe para os Estados Unidos, por 1 a 0, que determinou a eliminação do país da Copa do Mundo de 2022. A crença na punição parte de Mike Baker, ex-agente da CIA, a agênia de inteligência do governo dos EUA.

O ex-agente secreto declarou em entrevista ao diário norte-americano New York Post: “Pelo que já vimos do regime iraniano… Eles já se mostraram brutais e não há nenhum motivo para acreditar que eles de repente se tonariam racionais”.

Com a derrota de ontem, o Irã ficou em terceiro no Grupo B da Copa do Mundo do Catar. Na primeira rodada, eles perderam para a Inglaterra por 6 a 2, já na segunda venceram o País de Gales por 2 a 0. A equipe só precisava de um empate contra os EUA para passar para as oitavas-de-final, mas acabou perdendo.

Além da eliminação precoce, com direito a derrota para um rival político na última rodada, os jogadores iranianos fizeram um protesto antes do jogo contra a Inglaterra. Eles se recusaram a cantar o hino nacional do país como um protesto contra a morte de Mahsa Amini – ela foi assassinada em setembro, por policiais iranianos, por se recusar a fazer “uso apropriado” de seu véu.

Ainda assim, Mike Baker acredita que a derrota para os Estados Unidos será considerada a maior das “transgressões” da equipe.

O ex-agente secreto da CIA afirmou: “O regime tinha propósitos próprios de uso da [possível] vitória [contra os Estados Unidos]. Eles teriam focado na vitória, na destruição do ‘Grande Satã’ ou o que quer que eles fossem inventar”.

As falas de Baker ecoam uma matéria publicada pelo canal de TV norte-americano CNN na última segunda-feira, dia 28 de novembro, dizendo que familiares de jogadores do Irã foram ameaçados de prisão e tortura caso os atletas não “se comportassem” antes do jogo dos Estados Unidos.

A mesma CNN disse que os jogadores do Irã foram obrigados a se reunir com oficiais da Guarda Revolucionária do Irã presentes no Catar após o jogo contra a Inglaterra por causa do protesto feito por eles antes da partida.

Com informações da revista monet