Um estudo realizado em Hong Kong para avaliar o risco de eventos adversos em idosos imunizados com a CoronaVac comprovou mais uma vez a segurança da vacina, com ocorrência de 79,9 eventos adversos leves a cada 100 mil idosos vacinados.

O trabalho foi publicado na revista The Lancet Health Longevity e conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong.

De 1,25 milhão de pessoas em Hong Kong que receberam ao menos uma dose de CoronaVac entre fevereiro de 2021 e janeiro de 2022, 622 mil (49,6%) tinham ao menos 60 anos, sendo que 293 mil (47,9%) eram homens e 329 mil (52,9%) mulheres.

Entre os 622 mil idosos investigados, 126 mil (20,4%) receberam uma dose da CoronaVac, 384 mil (61,7%) tomaram duas doses e 111 mil (17,9%) receberam as três doses da vacina. Os dados são do Departamento de Saúde do governo de Hong Kong.

De acordo com os pesquisadores, a incidência de eventos adversos nos 21 dias seguintes à vacinação com a CoronaVac foi baixa.

Entre todas as categorias de eventos adversos de interesse especial, foram registrados apenas 79,9 casos, todos leves, a cada grupo de 100 mil imunizados.

“Em comparação com o risco de mortalidade e complicações da Covid-19 em pessoas idosas, os benefícios da vacinação com a CoronaVac superam os riscos. Nossos resultados são consistentes com dados apontados em outros estudos com vacinas inativadas, que mostram sua segurança em outros grupos de risco, como imunossuprimidos e pessoas com hepatite B crônica”, afirmam os autores.

CoronaVac já teve eficiência comprovada em idosos no mundo real

O maior estudo sobre efetividade de vacinas feito até então no Brasil, com 60 milhões de pessoas, mostrou que a CoronaVac protegeu idosos em 84,2% contra hospitalizações, 80,8% contra internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 76,5% contra mortes.

O trabalho foi baseado nos dados nacionais do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), do Ministério da Saúde, que reúne os casos notificados de hospitalizações e mortes causadas por vírus respiratórios, como é o caso do SARS-CoV-2.

Outros estudos que provam que o imunizante é seguro e efetivo na população idosa podem ser acessados no Dossiê CoronaVac.

 

 

Com informações do Butantan**