Neste sábado (5) marca um ano desde o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça, de 26 anos, e outras quatro pessoas em Caratinga, Minas Gerais. Na véspera da data, a Polícia Civil do Estado divulgou um relatório parcial sobre a causa do incidente.

A artista viajava em uma aeronave de modelo C90A, número de série LJ-1078, que pertenceu à dupla Henrique e Juliano antes de ser vendida para uma empresa de táxi aéreo.

“O que a gente tem até agora na investigação, o que a gente sabe mediante depoimentos feitos é que o piloto não fez a manobra que se esperava, ele saiu da zona de proteção do aeródromo para fazer esse pouso. Então, é um fator que pode ter contribuído para que o acidente ocorresse”, afirmou o delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, responsável pela investigação.

Um piloto que estava no aeródromo testemunhou que o jatinho se afastou muito do local recomendado para realizar a tal manobra.

O delegado ainda destacou que o piloto não fez contato com outros pilotos para se informar sobre procedimentos de pouso no local. Apesar de ser um profissional experiente, ele nunca tinha pousado na cidade mineira.

Choque com rede da Cemig

Ele se afastou muito, veio muito baixo e se chocou na rede de transmissão”, disse o delegado. Com a tensão, o cabo de aço se enrolou no motor esquerdo da aeronave e fez com que ele se desprendesse no ar.

Os cabos de alta-tensão das torres de distribuição de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) não tinham sinalização porque estavam fora da área de proteção delimitada pelo aeródromo, o que resultou na colisão com a aeronave que transportava Marília.

A investigação só será encerrada depois que a Polícia Civil analisar o laudo dos motores, que ainda estão indisponíveis. A análise irá indicar se houve ou não falha mecânica na aeronave.