Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Malária nas Américas (6/11), é necessário reforçar o alerta sobre os principais sinais e dá orientações sobre a doença. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a maioria das transmissões no Brasil ocorre na região Amazônica, com 33 municípios concentrando 80% do total de casos em 2021.

Dados preliminares do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostram que, em 2021, foram registrados um total de 139.211 casos de malária no país, dos quais 99% tiveram transmissão relatada dentro do Brasil.

Transmissão

A malária é uma doença infecciosa, causada pelo parasita do tipo Plasmódio, transmitido por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, conhecido como “mosquito prego”, mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer.

A transmissão ocorre quando o mosquito pica uma pessoa contaminada, levando os protozoários para outra pessoa. Os primeiros sintomas surgem entre dez e 15 dias após a infecção.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da malária são febre alta, calafrios intensos, tremores, sudorese, perda de apetite e cefaleia. Quando causada pela espécie Plasmodium falciparum, tipo mais grave, pode envolver quadros de anemia grave, convulsões, insuficiência renal e dificuldade respiratória.

“Os sintomas, a intensidade e o padrão variam de acordo com o tipo de malária. Por isso, é essencial buscar atendimento médico o quanto antes, pois as complicações podem ser fatais”, alerta Geraldo Fonseca, diretor Hospitalar do Hospital Bom Pastor, em Guajará-Mirim (RO).

Prevenção

O principal meio de prevenção é evitar a picada do mosquito que transmite a doença. “Isso pode ser feito com o uso de repelentes na pele exposta e na roupa, além de rede mosqueteira que é acessível e de fácil transporte. Vale ressaltar que essa rede também deve ser impregnada de repelente, como precaução a mosquitos menores que possam atravessá-la”, orienta Juan Carlos Boado, médico e diretor Técnico do Bom Pastor.

O tratamento é realizado por meio de medicamentos fornecidos gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), com objetivo de impedir o desenvolvimento do parasita.

No Brasil, existem três tipos mais recorrentes de malária:

Plasmodium falciparum: é o tipo mais agressivo, capaz de se multiplicar rapidamente na corrente sanguínea, destruindo até 25% de glóbulos vermelhos no sangue, causando anemia grave. Ao mesmo tempo, há a possibilidade de formação de coágulos, gerando trombose e embolia (bloqueio de uma artéria).

Plasmodium vivax: refere-se à um tipo de malária branda e raramente mortal. Nesse caso, o tratamento torna-se difícil, isso porque o parasita se aloja no fígado, dificultando sua eliminação.

Plasmodium malarie: a doença provocada por essa espécie tem quadro clínico semelhante à Plasmodium vivax: Nesse caso, o indivíduo afetado pelo parasita, pode ter recaídas a longo prazo com a possiblidade de desenvolver a doença novamente.