O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda antecipada irregular, feita em reunião com embaixadores no Palácio do Planalto, em julho deste ano. O candidato à reeleição deverá pagar multa de R$ 20 mil.

Na ocasião, Bolsonaro questionou a segurança das urnas eletrônicas, mesmo sem nenhuma prova, e colocou em dúvida o sistema eleitoral. Além disso, também ofendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu teria dezenas e dezenas de vídeos para passar para os senhores por ocasião das eleições de 2018, onde o eleitor ia votar e simplesmente não conseguia votar. Ou quando ele apertava o número 1 e, depois, ia apertar o 7, aparecia o 3 e o voto ia para outro candidato”, disse o presidente.

Na decisão unânime, os ministros entenderam que essas práticas “são pautas da campanha eleitoral de Bolsonaro e, por isso, evidenciam o caráter eleitoral e a propaganda eleitoral antecipada”.

Além disso, a corte também afirmou que houve ofensa ao TSE, já que o candidato “promoveu a desinformação e desacreditou o sistema eletrônico de votação”. O TSE analisou ações do Ministério Público Eleitoral e processos dos partidos Rede Sustentabilidade, PCdoB, PDT e PT.