A Organização Meteorológica Mundial (OMM), que é uma agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), considera 2022 “um ano catastrófico para glaciares dos Alpes”. A declaração, divulgada nesta quinta-feira (29), ocorre após a confirmação da perda de mais de 6% do volume das geleiras suíças.

O derretimento das geleiras foi confirmada pela Comissão Criosférica da Academia Suíça de Ciências. A redução se deve à falta de neve no inverno e ao calor extremo no verão, que são consequências das mudanças climáticas em todo o mundo, que tem registrado temperaturas extremas (de frio e de calor) em vários países.

De acordo com o estudo do ‘Estado do Clima’, da OMM, que foi publicado na quarta-feira (28), as geleiras perderam cerca de 3km cúbicos de gelo somente neste ano, o que quebra os recordes anteriores de derretimento segundo o relatório da Comissão, citada anteriormente. A situação é mais crítica do que a onda de calor extremo que atingiu a região em 2003 e que quase levou ao desaparecimento de três glaciares no país.

Além disso, esses dados mais recentes indicam que a situação só tende a piorar com o passar o tempo. Segundo os analistas, um fator que também contribuiu para o fenômeno foi o grande volume de poeira do Saara entre março e maio. Eles explicam que a neve contaminada absorveu mais energia solar e fundiu mais rápido.

As geleiras já haviam perdido sua camada protetora de neve no início do verão, e o calor contínuo e às vezes extremo neste ano dizimou o gelo glacial. Seu desaparecimento aconteceu um mês antes do normal em todas as altitudes.

 

Com informações da ONU**