Teve início nesta seguna-feira, 26, o julgamento dos réus, Gelson Lima Carnaúba, Marcos Paulo da Cruz e Francisco Álvaro Pereira, acusados de fazer parte da chacina ocorrida em 2002 no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. O julgamento foi marcado pelo depoimento de oito testemunhas, sendo cinco pela acusação e três pela defesa.

20 anos após o crime, o julgamento acontece no Plenário do Júri do Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, Zona Sul de Manaus. O julgamento durou o dia todo, à tarde, foram ouvidas mais três testemunhas da acusação e, na sequência, as três de defesa.

A primeira testemunha arrolada pela defesa foi o interno do Compaj Edilson Gomes da Silva, que começou a ser ouvido às 16h32 e reconheceu os acusados tanto por vídeo quanto no plenário. O mesmo disse que “nunca ouviu” falar que Gelson Carnaúba seria líder ou o “xerife” dentro da unidade prisional.

A testemunha garantiu ter visto pessoas com capuzes no interior do presídio no dia das mortes. O depoimento durou até 17h26. As outras duas testemunhas da defesa também eram internos de unidades prisionais.

O julgamento retornará às 8h30 desta terça-feira, 27, com o interrogatório dos réus.

Sobre o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Amazonas, no dia 25 de maio de 2002, ocorreu uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). O motim durou 13 horas e resultou na morte de 11 detentos e um agente penitenciário.

O réu Sérvulo Moreira Neto está foragido e com dois mandados de prisão em aberto, sendo um deles pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus e outro pela Vara de Execuções Penais (VEP). No dia 4 de abril de 2013, o réu Elmar Libório Carneiro (vulgo Macaxeira) foi condenado a 196 anos de prisão em regime fechado por participação na chacina do Compaj.

Com informações do Tribunal de Justiça do Amazonas