Um homem, identificado como Leandro Mendes, 39, foi gravemente ferido após invadir a casa da ex-companheira e manter uma criança autista de apenas 7 anos e um amigo da família como reféns por mais de 15 horas, no bairro Parque São João, na região Norte de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

De acordo com a porta-voz da Polícia Militar, Layla Brunella, desde a abordagem inicial os agentes especializados tentavam negociar com o suspeito, mas o sequestrador fez exigências que não poderiam ser atendidas. Em seguida, após horas do início do crime, o homem foi atingido por um sniper – atirador de elite da polícia – e encaminhado a um hospital em estado grave.

Ainda segundo informações da Polícia Militar, enquanto praticava o crime, o homem estava conversando com familiares pelo aplicativo WhatsApp, dizendo que iria morrer ali mesmo e que a mãe da criança, de 25 anos, deveria aparecer no local e entregar a senha do telefone. Na conversa, a mãe do sequestrador faz um apelo: “se entrega Leandro, pensa em você! […] Você acaba com sua vida desse jeito”.

O pai do menino, o motorista Sidney Xavier, estava trabalhando no momento em que o homem invadiu casa e contou que só soube o que estava acontecendo quando recebeu um telefonema da mãe da criança, que estava desesperada. “Vim correndo”, ressaltou.

Entenda o caso

Leandro, que já tem passagem pela polícia, invadiu a casa da ex-companheira por volta das 18h da última quarta-feira (22) porque não se conformava com o fim do relacionamento. O homem e a mãe da criança se separaram há dois anos. Quando a residência foi invadida, a mulher conseguiu escapar do local com a ajuda de um vizinho.

Em seguida, o seu filho, que é autista e sofre de epilepsia, e um amigo da família, de 23 anos, foram feitos de reféns e ficaram sob a mira de um revólver por mais de 15 horas. Após receber a ocorrência, Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) cercaram o local e as negociações foram iniciadas. As vítimas viveram horas de terror e só foram liberadas na manhã desta quinta-feira (22) após o suspeito ser atingido pelo tiro.

Histórico criminal do suspeito

Leandro já tem passagem pela polícia por matar uma outra ex-companheira e estava em liberdade condicional. Na época (2008), o crime teve grande repercussão por conta da crueldade utilizada. Após asfixiar a ex-namorada, ele teria tirado as roupas dela e colocado um rato em sua boca.