O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu um novo processo seletivo com 6.765 vagas para os cargos de recenseador e agente. O objetivo da contratação é incluir novos servidores para o serviço de coleta de informações para o Censo Demográfico 2022.

Para o cargo de recenseador, são 6.514 novas vagas abertas. A remuneração do cargo será por produção, calculada por setor censitário, conforme taxa fixada e de conhecimento prévio pelo recenseador, de unidades recenseadas (domicílios urbanos e/ou rurais), tipo de questionário (básico ou amostra), pessoas recenseadas e registro no controle da coleta de dados.

O pré-requisito para contratação é possuir ensino fundamental completo. A jornada de trabalho recomendável para a função é de, no mínimo, 25 horas semanais, além da participação integral e obrigatória no treinamento.

Já para os cargos de agente censitário municipal e agente censitário supervisor, o IBGE está ofertando 251 novas oportunidades. A retribuição mensal para as funções são de R$ 2.100,00 para ACM, e R$ 1.700,00 para ACS.

Os contratados também receberão o benefício de auxílio alimentação, auxílio transporte e auxílio pré-escolar, assim como férias e 13º salário proporcionais. A jornada de trabalho para ambas as funções é de 40 horas semanais.

As inscrições podem ser efetuadas a partir desta quinta (25/8), até o dia 29 de agosto (com exceção de sábado e domingo). Para realizar a inscrição, o candidato deverá comparecer a um dos postos do IBGE e entregar o formulário, disponível no edital, preenchido e assinado. O Instituto não cobra taxa de inscrição.

RECENSEADORES AMEAÇAM GREVE – Os servidores temporários contratados pelo IBGE para trabalhar durante a realização do Censo 2022 estão planejando uma greve devido às condições precárias de trabalho e atraso dos pagamentos. A convocação que circula em grupos de WhatsApp marca a paralisação para 1º de setembro.

O Correio Braziliense teve acesso a um desses grupos, onde os trabalhadores se queixam em relação ao deslocamento em áreas perigosas ou de difícil acesso durante a realização da coleta de dados, além de relatarem terem sofrido agressões físicas e verbais durante o serviço. Eles também alegam falta de assistência da supervisão, desligamentos de recenseadores sem justificativa e ausência de ajuda de custo.

Os temporários ainda reinvidicam maior transparência no cálculo da remuneração por produtividade. Um recenseador de Goiânia relatou que “a gente só recebe se 95% dos questionários forem preenchidos, com apenas 5% de recusas e ausências. Estamos tendo muitos problemas, desde o treinamento até agora”.

NOTA DO IBGE – Através das redes sociais, o IBGE divulgou um comunicado agradecendo o empenho dos recenseadores, e pedindo desculpas pela demora na liberação do pagamento e os transtornos causados durante o serviço.

Em relação aos pagamentos solicitados até dia 18 de agosto, referentes a ajuda de locomoção e diárias, o Instituto informou que já foram regularizados. Já os pagamentos de ajuda de treinamento, o IBGE afirma que ainda existem demandas a serem resolvidas.

“O Instituto informa que está comprometido em reduzir esses prazos. Todos sabemos que realizar um recenseamento em cerca de 75 milhões de domicílios distribuídos em 5.570 municípios não é tarefa fácil. O IBGE reafirma o respeito pelo papel fundamental dos recenseadores e dos outros servidores temporários que fazem os questionários do Censo chegarem a todos os domicílios deste país”.

Com informações Correio Braziliense