Nesta segunda-feira (22), os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizaram os maiores exercícios militares conjuntos desde 2018, ação que pode incomodar a Coreia do Norte.

O treinamento, chamado de Escudo de Liberdade Ulchi, marca o retorno dos exercícios conjuntos em larga escala, que foram suspensos por causa da pandemia e por uma tentativa frustrada de aproximação com Pyongyang, capital e maior cidade da Coreia do Norte.

Em um comunicado, o ministério da Defesa Sul-coreano ressaltou que “o significado deste exercício conjunto é reconstruir a aliança Coreia do Sul-Estados Unidos e fortalecer a postura de defesa combinada ao normalizar os exercícios combinados e o treinamento de campo”.

Atualmente, Washington é o principal aliado de Seul – capital da Coréia do Sul – e mantém mais de 28 mil soldados no país para ajudar a proteger o local do vizinho do Norte, que possui armas nucleares. Os dois países têm um longo histórico de manobras conjuntas, que classificam como apenas defensivas.

Porém, a Coreia do Norte as considera um treino para uma possível invasão de seu território. Até o momento não foram divulgados detalhes das manobras, que continuarão até 1º de setembro. Geralmente esse tipo de treinamento inclui exercícios de campo com aviões, navios de guerra e tanques, além de milhares de soldados.

Durante uma reunião na semana passada, os dois países aliados concordaram em “expandir o foco e a escala dos exercícios militares” diante do aumento do número de testes de mísseis do Norte. Com esse cenário, especialistas afirmam que a Coreia do Norte poderia utilizar os exercícios como pretexto para executar mais testes de armas.