A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou, nesta terça-feira (26/7), sobre as contestações dos parlamentares a respeito do arquivamento de ações da CPI da Covid. Nesta manhã, um grupo de sete senadores entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de inquérito por prevaricação contra a vice-PGR, Lindôra Araújo — que recomendou o arquivamento de ações contra o chefe do Executivo e aliados na apuração da CPI. Com as informações do Correio Braziliense.

Na manifestação, a PGR afirmou que as alegações de Lindôra Araújo tem fundamentação jurídica.

“Todas as manifestações enviadas ao Supremo Tribunal Federal estão devidamente motivadas, atendem a critérios técnicos e aos regramentos específicos que regulam o Direito Penal. Desde a entrega do relatório final da CPI à PGR, em 27 de outubro do ano passado, o órgão vem adotando todas as providências para dar o devido tratamento legal ao material”, escreveu.

Os senadores dizem haver irregularidades na recomendação de engavetamento. Eles também pedem a manifestação direta e pessoal do procurador-geral da República, Augusto Aras. A PGR alegou que atua de forma isenta.

Engavetamentos da PGR

Em manifestação encaminhada nesta segunda-feira (25/7) ao STF, Lindôra Araújo afirmou que não vê como responsabilizar Bolsonaro, conforme indicou a CPI da Covid. Ela diz que “inúmeras pessoas contaminadas nem sequer tiveram contato direto ou indireto (por meio de terceiras pessoas) com o Presidente da República, afastando a possibilidade de responsabilização por esse fato”.

Araújo também arquivou o indiciamento de atuais e ex-integrantes do governo e parlamentares aliados ao chefe do Executivo: Marcelo Queiroga, Eduardo Pazuello, Élcio Franco, Braga Netto, Heitor Freire, Hélio Angotti e Osmar Terra (MDB-RS) e Ricardo Barros (PP-PR).

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