O vereador blogueiro Carpê Andrade (Republicanos) está no centro de uma nova polêmica após usar do gabinete político que ocupa na Câmara Municipal de Manaus (CMM) para processar uma página de memes de Manaus.
Tudo começou quando o portal Manaus Pop publicou um meme dizendo que Carpê teria anunciado um app para melhorar suas selfies, a crítica em tom de piada se deve à fama do capitão ter fama de blogueiro.
Ofendido, Carpê então utilizou o advogado Gamal Swami de Abreu, dono do escritório Gamal Advocacia e funcionário do gabinete do vereador, para acionar judicialmente o Twitter Brasil contra a Manaus Pop. Ou seja, os honorários advocatícios de Gamal estão sendo pagos com dinheiro público para fins particulares de Carpê. Além disso, o meme não ofende o vereador em sua honra, uma vez que trata-se de um sátira – gênero notadamente carregado de ironia e crítica.
Ex-mulher se pronuncia – Ainda na esteira dessa polêmica, a ex-mulher do blogueiro Carpê respondeu a uma postagem no Instagram dizendo que até ela já foi alvo de processos do vereador.
Marlice Reis, com quem Carpegiane tem um filho de 13 anos, denunciou que o vereador a processou após ela pedir ajuda para custear a condução escolar do menino: “Ele também quis me processar, apenas porque insisti que ele rachasse comigo uma condução escolar esse ano pro nosso filho. Estava muito sobrecarregada e não estava mais conseguindo conciliar os horários com me trabalho. Resultado: não ajudou e ainda mandou esse advogado me intimar”.
Confira:
‘Se até a mim ele quer processar, imagina um site. Quando percebe que posso abrir a boca de novo, ele manda logo um advogado me intimar para eu não me expressar’ destaca sua ex-companheira.
Incoerência – Bolsonarista de carteirinha, Carpê segue muito bem o bê-a-bá do bolsonarismo ao processar um portal por criticar sua (falta de) atuação na CMM.
Eleito em 2020, o parlamentar nunca apresentou nenhum projeto relevante para a cidade de Manaus. Seu nome só é lembrado por polêmicas, por seu discurso negacionista, ou quando quis proibir a venda de fogos de artifício em Manaus e defendeu a realização da festa de réveillon enquanto a cidade enfrentava aumento de casos de Covid-19.
