Na segunda-feira (11), o estudante de medicina Lucas Müller Mendonça, revoltou a web ao comentar um texto que fala sobre violência sexual.

A fotografa, Tracy Figg viralizou ao descrever situações e idades nas quais as mulheres correm risco de serem estupradas, inclusive por familiares e pessoas próximas, sempre descritas como homens. O texto, lista situações em que as mulheres não se sentem seguras. “Na infância, na pré-adolescência, adultas, idosas, no parto, na rua, na igreja, em casa. Pelo pai, pelo padrasto, pelo avô, pelo tio. Nem todo homem, mas sempre um homem”.

Lucas, que estuda na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), fez um comentário em tom de sátira, que logo após foi apagado por revoltar. Seu comentário faz paralelo com o original, porém, com uma série de colocações de cunho sexista.

“No cruzamento da preferencial. Com placa de pare. Na mudança de pista. No sinal vermelho. Na pista molhada. Loiras. Morenas”, escreveu. “Por não saber fazer baliza. Por invadir a pista ao lado, por andar na contramão. Nem toda mulher, mas sempre uma mulher”, terminou o texto.

Após a repercussão, o universitário fez uma postagem. “Fiz um texto satírico justamente para expor, além de ridículo, é bem transfóbico. Não existem pessoas com pênis que não são homens? E não existe estupro por parte de mulheres cis? Texto ridículo por texto ridículo, eu prefiro o meu. Tit for tat”.

Em nota, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul repudiou o comentário do estudante.

“Tais declarações ferem nossa política, que busca sempre por igualdade e se opõe a qualquer tipo de misoginia. Estamos atentos a expressões e atitudes dessa natureza e não toleramos em nenhuma hipótese tais práticas. Medidas já estão sendo tomadas com base no estatuto e normas da entidade.”