Da Redação

O homem ficou no hospital por oito dias, durante os quais recebeu fluidos intravenosos para limpar o organismo. Dois meses após a alta, o nível de cálcio voltou ao normal, mas o de vitamina D ainda estava anormalmente elevado. “Globalmente, há uma tendência crescente de hipervitaminose D, uma condição clínica caracterizada por níveis séricos elevados de vitamina D3, com mulheres, crianças e pacientes cirúrgicos mais propensos a serem afetados”, escrevem os autores. As taxas recomendadas de vitamina D podem ser obtidas a partir da dieta (por exemplo, com o consumo de cogumelos selvagens e peixes oleosos), da exposição à luz solar e de suplementos.

Os sintomas da hipervitaminose D são muitos, variados e são causados principalmente pelo excesso de cálcio no sangue. Eles incluem sonolência, confusão, apatia, psicose, depressão, estupor, coma, anorexia, dor abdominal, vômitos, constipação, úlceras pépticas, pancreatite, pressão alta, ritmo cardíaco anormal e anomalias renais, incluindo insuficiência aguda do órgão. Outras características associadas, como ceratopatia (doença inflamatória ocular), rigidez articular (artralgia) e perda auditiva ou surdez, também foram relatadas, acrescentam os autores.

“Um nível adequado de vitamina D no corpo é crucial para nossa saúde geral, muito pouco pode levar ao raquitismo ou ao desenvolvimento de osteoporose, mas, em excesso, pode levar a um aumento nos níveis de cálcio no sangue, o que pode ser particularmente prejudicial”, destaca Sue Lanham-New, chefe do Departamento de Ciências Nutricionais da Universidade de Surrey, no Reino Unido, que não participou do estudo atual. Ela liderou outra pesquisa, motivada por informações de que essa substância ajudaria a combater covid-19, sem encontrar evidências científicas de que a afirmação seja verdadeira.

*Com informações do Correio Brasiliense