Especialista em segurança pública pela International Law Enforcement Academy, em El Salvador, formado em Informática Industrial pela Escola Técnica Federal do Amazonas e Direito pela UFAM, o delegado de Polícia Federal Marcelo Dias é pré-candidato a deputado estadual no Amazonas, pelo partido Partido da Mulher Brasileira (PMB), que tenta alteração de nome para Brasil 35.

Marcelo Dias tem uma trajetória de 20 anos de atividade policial, dos quais 17 são dentro da Polícia Federal. Iniciou a caminhada como agente e, no ano seguinte, assumiu cargo de delegado. Marcelo passou pela chefia da Delegacia de Combate aos Crimes Patrimoniais (Delepat), tráfico de armas e Facções Criminosas. Chefe da Delegacia de Controle e Fiscalização da Segurança Privada (Delesp), subcoordenador Regional dos Grandes Eventos da Copa do Mundo de Futebol em 2014, coordenador da área de segurança privada na Copa de 2014, chefe da Delegacia de Controle de Armas e Químicos (Deleaq) e chefe da Delegacia Fazendária (Delefaz).

Atualmente, Marcelo Dias é delegado da Polícia Federal, mas não está à frente de nenhuma delegacia especializada por conta da legislação das eleições. À CENARIUM, o delegado da PF no Amazonas falou sobre seu ponto de vista sobre as Eleições 2022 e como está se preparando para a candidatura.

Veja a entrevista com o pré-candidato a deputado estadual, delegado Marcelo Dias:

REVISTA CENARIUM – Sabemos que 2022 é um ano crucial para o futuro do Brasil, estamos vivendo um momento de polarização, como você avalia o cenário atual?

Marcelo Dias – A escolha de um candidato ruim, causa, no mínimo, quatro anos de prejuízos para a população. Acredito que essa eleição vai ter um aspecto muito ruim, porque vai ser uma eleição pós-covid. Essa vai ser uma eleição marcada pelo desemprego e outras mazelas sociais deixadas pela pandemia. Nessa eleição as pessoas estão mais desesperadas por alguma ajuda e isso pode acarretar escolhas ruins.

RV – Quais seus principais objetivos, caso eleito?

MD – A gente tem que ser o melhor de si mesmo e não há como fugir disso. Eu sou delegado de Polícia Federal, sou da área de segurança pública, então não tenha dúvida que meu carro-chefe será a segurança pública. Agora, é óbvio, sou pré-candidato a deputado estadual onde a principal competência é a fiscalização de recursos públicos, que é uma área na qual já atuo dentro da Polícia Federal.

RV – Você tem uma vasta experiência no âmbito da segurança pública, como pretende levar isso pra sua campanha?

MD – Com relação à segurança pública, tenho ideias boas para implementar junto ao governo estadual, independente de quem seja. Temos hoje uma polarização entre Wilson Lima e Amazonino, então, dentro desse contexto, qualquer um dos dois que venha a assumir o governo estadual, a gente tem muitas ideias para somar no âmbito da segurança pública utilizando a vasta experiência adquirida em uma instituição considerada hoje, pelos brasileiros, a instituição com maior credibilidade no país: a Polícia Federal.

RV – Qual sua opinião sobre polarização política e qual sua posição nesse aspecto?

MD – A palavra é comprometimento. Eu não tenho como entrar num assunto desses sem me comprometer, sem tomar um lado, sem tomar partido. Sou delegado de Polícia Federal, minhas pautas são de direita, sou conservador e faço parte de uma força de segurança. Dentro desse contexto, minha afinidade, em âmbito nacional, é com o presidente Bolsonaro.

RV – Como você está se preparando para a candidatura? Sabemos que pessoas em cargos públicos precisam deixar seus cargos antes de assumir uma cadeira na casa legislativa.

MD – Dia 2 de abril foi o dia para que os funcionários públicos, como é o meu caso, se desincompatibilizarem. Eu estava chefiando duas delegacias e me desincompatibilizei, mas não estou licenciado, a licença é mais à frente. Estou em pré-campanha, aguardando o momento oportuno, legalmente falando, para poder expor minhas propostas.

RV – Tivemos uma participação gigantesca nas redes sociais em 2018, você acredita que esse fenômeno irá se repetir? Como você avalia esse cenário?

MD – Eu acho que 2018 foi a eleição das redes sociais e acredito que o cenário irá se repetir em razão dos fortes movimentos que já estamos vendo acontecer antes mesmo da campanha.

RV – Muitas pessoas acreditam que votar branco ou nulo é uma forma de protesto, qual sua visão sobre a escolha de se abster?

MD – Votando branco ou votando nulo, você está colocando outras pessoas no poder de decisão, aí você não pode reclamar depois. Na eleição de 2020, com brancos, nulos e abstenções batendo 33%, percebeu-se um sentimento muito ruim de que as pessoas não querem votar. Nossa política está muito desacreditada. As pessoas não querem nem ir votar e, as que vão votar, ou anulam o voto ou votam em branco. Esse sentimento ruim das pessoas em relação à política é o que eu pretendo mudar trazendo palavras de esclarecimento mostrando que o eleitor tem boas opções e que tem o poder da mudança na ponta dos dedos. Anular o voto ou votar em branco não é uma boa forma de protestar. Não é se abstendo do processo que você vai melhorar a situação. Você pode até se enganar com um candidato ruim, mas ele só pode te enganar uma vez. Mas tem que participar, o problema é que as pessoas não acreditam mais na mudança positiva que a eleição pode promover.

As informações são da Revista Cenarium.