Da Redação

Após oito horas de julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, a jogadora Tandara Caixeta foi condenada por doping, pelo uso de Ostarina, e está suspensa por quatro anos – a pena máxima. Os três auditores foram unânimes. A atleta ainda tem direito de recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça.

“Essa condenação é, particularmente, difícil pra mim porque estou sendo condenada por algo que não fiz”, afirmou nas redes sociais. “Apesar de termos provas mais do que suficientes que mostram que fui contaminada, tive uma condenação injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso. Vamos recorrer ao Plenário para que a justiça seja, de fato, reestabelecida. Respeito, mas não concordo com essa decisão de hoje. Lutarei, como sempre fiz, para provar minha inocência”, completou.

Tandara, de 33 anos, havia sido suspensa preventivamente ainda nas Olimpíadas de Tóquio. Com a pena, só poderá retornar às quadras após 2025. Ela processava duas farmácias alegando contaminação cruzada, mas o argumento não foi validado por uma série de informações contraditórias.

A ostarina, que pertence a uma classe de anabolizantes, modula o metabolismo e pode ajudar no ganho de massa muscular. Segundo a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a coleta que revelou a presença da substância foi realizada antes de a atleta embarcar para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 7 de julho de 2021, no Rio de Janeiro.

“A ostarina é uma substância não especificada, proibida em competição e fora de competição. Pertence à classe S1.2 – Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA (sigla da Agência Mundial Antidoping)”, afirmou a ABCD em nota de agosto de 2021.

Tandara foi campeã olímpica com a seleção brasileira em Londres 2012 e bronze no Mundial de 2014, na Itália, além de três títulos de Grand Prix, um de Copa dos Campeõs e um de Jogos Pan-Americanos (Guadalajara 2011).