Uma sauna em Madri foi interditada neste fim de semana, após autoridades sanitárias, por meio de um trabalho de rastreamento, determinarem que a maioria dos casos confirmados de varíola do macaco na capital espanhola está associada ao estabelecimento.

A Sauna Paraíso funciona como espaço de lazer e sexo entre homens. O conselheiro de Saúde da Comunidade de Madri confirmou o foco.

– A maioria dos casos positivos está associada a esse foco – explicou o conselheiro de Saúde da Comunidade de Madri, Enrique Ruiz Escudero.

Em comunicado, a sauna, localizada no centro da capital espanhola, confirma o encerramento do estabelecimento. O estabelecimento apelou para a responsabilidade individual de cada pessoa para evitar a transmissão de qualquer infeção.

Madrid já confirmou 30 casos de varíola dos macacos com PCR positivo e outros 39 suspeitos estão em estudo, o que faz da região o foco de contágio na Espanha. A estes somam-se outros casos que são investigados em mais seis regiões do país.

As autoridades sanitárias continuam à espera da confirmação desses casos suspeitos, que se juntam ao primeiro detectado nas Ilhas Canárias e ao surto em Madri, o maior até o momento.

A maioria das confirmações vem das autoridades regionais de saúde já que, até agora, o Ministério da Saúde confirmou apenas sete casos, o restante das amostras dos pacientes suspeitos estão em processo de sequenciamento.

Fontes desse departamento explicam que o vírus da varíola dos macacos necessita de muito mais tempo para ser sequenciado do que outros, como o Sars-Cov-2, pelo que não esperam resultados definitivos até a próxima quarta-feira.

As pessoas infectadas sob investigação terão que se isolar em casa e só poderão sair para consulta médica, enquanto seus contatos não devem ficar em quarentena, mas reduzir as interações e usar constantemente a máscara, de acordo com o protocolo desenvolvido pelos técnicos do Sistema Nacional de Saúde espanhol.

Ao todo, 94 casos da doença foram confirmados e 28 suspeitos são investigados em 15 países fora da África, segundo informações da Organização das Nações Unidas divulgadas neste sábado (21).

A Organização Mundial da Saúde espera identificar mais casos de varíola dos macacos à medida que aumenta a vigilância em nações onde a doença não é considerada endêmica.

*Com informações da EFE