Uma professora da rede estadual de ensino, Dayane Padilha, de 33 anos, foi agredida após usar um serviço de transporte por aplicativo, para ir de um supermercado até uma aldeia indígena do município de Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Porém, parte da estrada era de barro, e o motorista recusou continuar o percurso.

O caso foi registrado na última quarta-feira (20) e o boletim de ocorrência, na quinta-feira (21).

A professora contou que o motorista se recusou a deixá-la no destino alegando que não o aplicativo marcou o lugar correto. Ele cobrou R$ 15 para entrar na estrada de barro que dava acesso à escola, mas quando Dayane negou, ele a agrediu e a arrancou do carro pelos cabelos no meio do trajeto.

“Ele disse então que ia voltar para onde ele me pegou. Durante esse trajeto de volta ele começou a me xingar, começou a me ofender. Eu acredito que teve uma dose de motivação racista, sim, por conta das ofensas que ele profere, de falar que não vai levar ninguém a aldeia indígena, começou a me chamar de ‘pé de barro’, mas acho que o surto dele de violência foi porque ele percebeu que eu tava gravando”, conta.

Em nota, a empresa lamentou profundamente o episódio e disse que tão logo tomou conhecimento do caso, bloqueou o perfil do motorista e mobilizou uma equipe para oferecer acolhimento à vítima.

“Esclarecemos que temos uma política de tolerância zero em relação a qualquer tipo de discriminação e violência e repudiamos veementemente o caso […] A plataforma está disponível para colaborar com as investigações das autoridades locais”, reforçou a empresa.