Da redação

Quinze anos depois do desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann durante férias em Portugal, as autoridades portuguesas declararam formalmente uma pessoa suspeita na quinta-feira (21).

Os promotores na cidade de Faro, que trabalham em cooperação com autoridades alemãs, não divulgaram o nome do suspeito.

Em 2020, a polícia alemã disse que estava investigando um homem, conhecido como Christian B, em conexão com o caso. Ele não foi indiciado e nega qualquer envolvimento no desaparecimento dela.

Madeleine, de 3 anos, desapareceu durante férias em família na Praia da Luz, em 2007. Ela nunca foi encontrada e os investigadores acreditam que ela foi sequestrada do apartamento de férias onde a família estava hospedada em um resort no Algarve.

No próximo dia 3 de maio o desaparecimento de Madeleine completa 15 anos, segundo a contagem oficial. Pela lei portuguesa já não seria possível declarar alguém como suspeita depois desta data. Declarar alguém suspeito é um passo necessário para qualquer acusação criminal.

Em comunicado, no entanto, o Ministério Público de Portugal disse que a medida não foi motivada pela data, mas sim por “fortes indícios” da prática de um crime.

O homem de 45 anos identificado como suspeito na Alemanha — mas não indiciado — foi anteriormente nomeado pela imprensa alemã como Christian B. Os sobrenomes dos suspeitos geralmente não são revelados na Alemanha por motivos de privacidade.

Ele está atualmente cumprindo pena de prisão por outros delitos (envolvendo drogas) na Alemanha e recebeu uma pena de sete anos por estuprar uma mulher de 72 anos.

A polícia britânica continua a tratar o desaparecimento de Madeleine como um inquérito sobre pessoas desaparecidas.

Madeleine segue desaparecida há 15 anos. Ela completaria 19 anos em maio deste ano.

Seu caso foi objeto de vários documentários, incluindo uma série da Netflix que foi criticada por seus pais.

Jim Gamble, um ex-policial que liderou uma revisão do caso em 2010 encomendada pelo Ministério do Interior, disse à BBC que as evidências contra Christian B. parecem fortes.