Após quase seis meses de luta judicial, a estudante universitária Álex Sousa de Sá se tornou a primeira amazonense não binária a ser registrada em cartório. Ela só conseguiu a retificação do nome e do gênero após uma ação ingressada pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, com cumprimento de sentença no Amazonas. Não binárie é uma pessoa que não se percebe pertencente a um gênero (masculino ou feminino) exclusivamente.

Ela também precisou recorrer a Defensoria pública do Amazonas para que o 2° Ofício de Registro Civil cumprisse a sentença, e no dia 11 de abril Álex oficializou seu registro.

“Minha jornada não deve ser romantizada, quero que seja um motivo de crítica e um motivo de luta, afinal não é toda pessoa trans que tem essa coragem ou até mesmo, ter recurso para se locomover de um estado para o outro em busca de amparo institucional. Não bináries Amazonenses, usem meu caso como precedente no processo de vocês, terei o imenso prazer em acompanhar vocês nessa batalha pelo reconhecimento de suas existências”, escreveu nas redes sociais.

Como fazer

Em Manaus, a Casa de Acolhimento à Comunidade LGBTQIA+ (Casa Miga) realiza serviços de auxílio para retificação de nome e gênero de pessoas trans que vivem na capital do Amazonas. O direcionamento acontece todas as quartas-feiras, das 9h às 12h. Mais informações podem ser acessadas no Instagram oficial da instituição, @casamigalgbt.